São Paulo, quinta-feira, 06 de março de 2008

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MST bloqueia rodovias no RS em protesto

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTANA DO LIVRAMENTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em protesto contra a ação da Polícia Militar na fazenda da Stora Enso, em Rosário do Sul (RS), os sem-terra bloquearam pelo menos nove trechos de rodovias no Rio Grande do Sul. Até o fim da tarde todas pistas foram liberadas.
Segundo os sem-terra, as ações visavam "denunciar a violência e os abusos cometidos pela Brigada Militar e o governo Yeda Crusius durante o despejo" das cerca de 500 mulheres que haviam invadido a fazenda um dia antes.
Os militantes, ligados à Via Campesina e ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), montaram ainda dois acampamentos: um no parque Harmonia, no centro de Porto Alegre, com 250 militantes, e outro em um assentamento em Encruzilhada do Sul, com cerca de 600 mulheres.
A PM só vigiou as ações. Trechos foram bloqueados em rodovias federais de Piratini, Nova Santa Rica, Hulha Negra, Pedro Osório, Santana do Livramento, Charqueadas e em rodovias estaduais em Bossoroca, Tupanciretã e Pontão. Cada bloqueio tinha de cem a 200 sem-terra. A situação mais tensa ocorreu em Nova Santa Rita. O bloqueio provocou congestionamento de 6 km. Um caminhão tentou furar o bloqueio, e os militantes ameaçaram reagir, mas não houve agressão. A pista só foi liberada totalmente a partir das 15h15.
Segundo a Via Campesina, as estradas só foram desbloqueadas após os militantes serem informados de que a agricultora Irma Ostroski, presa durante a invasão de anteontem e levada a um presídio feminino de Livramento, havia recebido ordem de soltura. O MST decidiu denunciar ao Ministério da Justiça e à Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência abusos cometidos na ação de desocupação da fazenda Tarumã, em Rosário do Sul (RS). (MATHEUS PICHONELLI, GILMAR PENTEADO e EDUARDO SCOLESE)


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