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MST bloqueia rodovias no RS em protesto
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM SANTANA DO LIVRAMENTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em protesto contra a
ação da Polícia Militar na
fazenda da Stora Enso, em
Rosário do Sul (RS), os
sem-terra bloquearam pelo menos nove trechos de
rodovias no Rio Grande do
Sul. Até o fim da tarde todas pistas foram liberadas.
Segundo os sem-terra,
as ações visavam "denunciar a violência e os abusos
cometidos pela Brigada
Militar e o governo Yeda
Crusius durante o despejo" das cerca de 500 mulheres que haviam invadido a fazenda um dia antes.
Os militantes, ligados à
Via Campesina e ao MST
(Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), montaram ainda dois
acampamentos: um no
parque Harmonia, no centro de Porto Alegre, com
250 militantes, e outro em
um assentamento em Encruzilhada do Sul, com
cerca de 600 mulheres.
A PM só vigiou as ações.
Trechos foram bloqueados em rodovias federais
de Piratini, Nova Santa Rica, Hulha Negra, Pedro
Osório, Santana do Livramento, Charqueadas e em
rodovias estaduais em
Bossoroca, Tupanciretã e
Pontão. Cada bloqueio tinha de cem a 200 sem-terra. A situação mais tensa
ocorreu em Nova Santa
Rita. O bloqueio provocou
congestionamento de 6
km. Um caminhão tentou
furar o bloqueio, e os militantes ameaçaram reagir,
mas não houve agressão. A
pista só foi liberada totalmente a partir das 15h15.
Segundo a Via Campesina, as estradas só foram
desbloqueadas após os militantes serem informados
de que a agricultora Irma
Ostroski, presa durante a
invasão de anteontem e levada a um presídio feminino de Livramento, havia
recebido ordem de soltura. O MST decidiu denunciar ao Ministério da Justiça e à Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência abusos cometidos
na ação de desocupação da
fazenda Tarumã, em Rosário do Sul (RS).
(MATHEUS PICHONELLI, GILMAR PENTEADO e
EDUARDO SCOLESE)
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