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Prefeitura quer indenização
da Agência Folha, em Itabira
A Prefeitura de Itabira tenta na
Justiça receber da Vale do Rio Doce uma indenização de R$ 1,085 bilhão por danos ambientais e econômicos, decorrentes da extração
mineral desde 1942, quando a estatal começou a operar.
Desde agosto do ano passado,
tramitam na comarca de Itabira
duas ações indenizatórias propostas pelo Ministério Público municipal e prefeitura.
Segundo o procurador jurídico
do município, Marcus Vinícius
Laje Meira, o valor reivindicado
diz respeito aos impostos que Itabira deixou de arrecadar de 1942
até 1988, em função das isenções às
exportações que havia no período.
Após 88, com o ICMS e os royalties, a situação se modificou.
O município alega que o passivo
ambiental é imenso, com grandes
áreas de devastação. Desde 1942, a
Vale já extraiu de Itabira 1,3 bilhão
de toneladas de minério.
Segundo o prefeito Jackson Tavares, essas ações são formas de a
cidade ``se precaver de alguma
maneira'' contra eventuais perdas
com a desestatização.
A Vale contestou as ações, alegando que sempre operou cumprindo as legislações dos órgãos
ambientais e que também sempre
seguiu as legislações federais no
caso da venda para o exterior.
Os dois processos estão em tramitação no Fórum de Itabira. O
Ministério Público está analisando
a contestação da ação feita pela
Vale. Após esta análise, os processos irão novamente para análise
dos juízes designados.
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