|
Próximo Texto | Índice
Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
De acordo
Parlamentares da oposição procuraram ontem representantes da Aeronáutica para tranqüilizar o alto
comando sobre a atuação da CPI do Apagão Aéreo,
que deve ser instalada por determinação do STF.
A ação foi uma resposta às declarações de Lula feitas
a senadores petistas, em jantar na terça-feira, segundo as quais uma investigação no Congresso poderia
expor as "fragilidades" das Forças Armadas. Os militares não demonstraram receio quanto à comissão, de
acordo com relatos de quem participou do encontro.
Disseram que, iniciada a apuração, terão a oportunidade de esclarecer os problemas do setor, agravados,
na sua opinião, durante o processo de criação da Anac
(Agência Nacional de Aviação Civil), há dois anos.
Forcinha. Embora defendam a desmilitarização da
carreira, os controladores de
vôo procuraram o Centro de
Comunicação Social da Aeronáutica para pedir ajuda: querem "restaurar a imagem" da
categoria junto à opinião pública. O Cecomsaer respondeu que é "cedo" para isso.
Ponte. Um dos mais preocupados com os contornos de
crise do início da semana era
José Sarney (PMDB-AP). Antes do recuo de Lula do acordo
firmado com os controladores, o senador foi procurado
por oficiais das Forças Armadas, que pediam sua intervenção junto ao presidente.
Know-how. Novo porta-voz da Presidência, Marcelo
Baumbach pode ajudar em
caso de novo apagão aéreo.
Em 1999, coube ao diplomata
coordenar a logística aeroportuária na cúpula União Européia-América Latina, no Rio.
Léxico. A exemplo de Lula,
Celso Amorim tem se aventurado no "portunhol". O chanceler usou o "idioma" durante
toda a sua palestra para diplomatas sul-americanos ontem,
no Rio. "O ideal é quando todos se entendem. Sempre hablando despacito", brincou.
Ecumênico. Lula deve participar no dia 21 das comemorações pelos 47 anos de Brasília, organizadas pelo governo
José Roberto Arruda (DEM).
Coube ao vice-governador,
Paulo Octávio, fazer o convite.
O presidente, em fase de reaproximação com a oposição,
se mostrou disposto a ir.
Cozinha nova 1. Lula deve aprovar nos próximos dias
um estudo de reforma no funcionamento de seu gabinete.
Pela proposta, Gilberto Carvalho, seu braço direito, passará a dividir funções com os
assessores especiais.
Cozinha nova 2. A idéia
é retirar a sobrecarga do atual
chefe de gabinete, que esteve
no olho do furacão da crise
política de 2005 e 2006. Pelo
novo modelo, as funções de
Carvalho passarão a ser divididas entre ele e os assessores
Clara Ant, Swedenberger Barbosa e Cesar Alvarez.
Assédio. Nomeado secretário de Relações do Trabalho
em março, o ex-deputado
Luiz Antonio de Medeiros
(PR) já recebeu convite para
se filiar ao PDT, partido que
agora comanda politicamente
o Ministério do Trabalho.
Ser ou não ser. O deputado Ricardo Barros (PP-PR),
aguerrido opositor de Lula no
primeiro mandato, foi convidado pelo líder do governo,
José Múcio, para uma das vice-lideranças. Se aceitar, volta
a ocupar função desempenhada no governo FHC. Com medo de ser considerado contraditório, hesita na resposta.
Tal pai... Acaba amanhã o
prazo para a apresentação de
teses para o 1º Congresso do
PSOL. O partido segue o modelo do PT, do qual é dissidente: cerca de 12 textos serão
apresentados para debates.
Parceria. Na semana que
vem, o secretário dos Transportes Metropolitanos de São
Paulo, José Luiz Portela, desembarca em Brasília a fim de
acertar com o governo federal
a obtenção de empréstimo internacional para a construção
de novas linhas do Metrô.
Tiroteio
"Os controladores estão negociando sua
anistia antes mesmo da punição. O que
eles querem mesmo é imunidade".
Do deputado EDUARDO SCIARRA (DEM-PR) sobre a negociação para
que sargentos amotinados na sexta-feira passada não sejam punidos.
Contraponto
Ponto de vista
Cerca de duas semanas atrás, Pedro Simon (PMDB-RS)
ocupou a tribuna do Senado para responder ao discurso
com o qual Fernando Collor (PTB-AL) procurara, dias antes, fixar a versão de que seu afastamento do Planalto teria se dado por meio de seguidas ilegalidades. O gaúcho
lembrou que era governador de seu Estado quando recebeu a visita de Collor, antes da eleição de 1989.
-Vossa Excelência afirmou que sairia do PMDB para se
filiar a um tal PRN e disputar a Presidência.
Em seguida, Simon contou qual foi sua reação:
-Quando Vossa Excelência deixou a sala, eu disse a um
assessor: "Esse é louco!". Só depois vi que o doido era eu...
Próximo Texto: Lula deve reequipar Forças sem reestruturar a Defesa Índice
|