São Paulo, domingo, 06 de maio de 2001

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Partidos avaliam que têm chances de chegar ao segundo turno e levar o governo estadual de 2002

Desgaste de ACM agita oposição na BA

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

O desgaste político do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL) trouxe de volta à oposição baiana um sonho de quase 16 anos: recuperar a hegemonia no Estado.
Desde 1986, quando o deputado federal Waldir Pires (PT) derrotou o ex-senador Josaphat Marinho (PFL), o carlismo venceu as quatro eleições realizadas para o governo estadual. Há outros indícios que levam a oposição baiana a acreditar na vitória em 2002.
"Pela primeira vez, nos últimos dez anos, existe um fluxo invertido na política baiana. Quando eu iniciei minha carreira política, muitos deputados que eram eleitos pela oposição aderiam ao carlismo imediatamente. A situação hoje é completamente inversa", disse o deputado federal Nelson Pellegrino (PT), derrotado na corrida à Prefeitura de Salvador em 2000 pelo reeleito Antônio Imbassahy -afilhado de ACM.
Desde dezembro do ano passado, cinco deputados federais que davam sustentação à base política comandada pelo senador ACM migraram para o PMDB. Na semana passada, o prefeito de Santo Antonio de Jesus, Alvaro Bessa, também tomou a mesma decisão.
"Acho que as oposições vão lançar dois candidatos para forçar o segundo turno", disse Pellegrino. Para ele, um dos candidatos deve sair da coligação PT/PC do B/PSB/PPS e PV. O outro, da união entre o PMDB/PSDB/PDT.
Apesar de toda a euforia da oposição, os números demonstram que o grupo político de ACM controla praticamente todo o Estado.
Das 417 prefeitos, 390 seguem a orientação do ex-presidente do Senado. Na Assembléia, 42 dos 63 deputados também são carlistas -além de o governo estadual, na mão de Cesar Borges (PFL).



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