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Partidos avaliam que têm chances de chegar ao segundo turno e levar o governo estadual de 2002
Desgaste de ACM agita oposição na BA
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
O desgaste político do senador
Antonio Carlos Magalhães (PFL)
trouxe de volta à oposição baiana
um sonho de quase 16 anos: recuperar a hegemonia no Estado.
Desde 1986, quando o deputado
federal Waldir Pires (PT) derrotou o ex-senador Josaphat Marinho (PFL), o carlismo venceu as
quatro eleições realizadas para o
governo estadual. Há outros indícios que levam a oposição baiana
a acreditar na vitória em 2002.
"Pela primeira vez, nos últimos
dez anos, existe um fluxo invertido na política baiana. Quando eu
iniciei minha carreira política,
muitos deputados que eram eleitos pela oposição aderiam ao carlismo imediatamente. A situação
hoje é completamente inversa",
disse o deputado federal Nelson
Pellegrino (PT), derrotado na corrida à Prefeitura de Salvador em
2000 pelo reeleito Antônio Imbassahy -afilhado de ACM.
Desde dezembro do ano passado, cinco deputados federais que
davam sustentação à base política
comandada pelo senador ACM
migraram para o PMDB. Na semana passada, o prefeito de Santo
Antonio de Jesus, Alvaro Bessa,
também tomou a mesma decisão.
"Acho que as oposições vão lançar dois candidatos para forçar o
segundo turno", disse Pellegrino.
Para ele, um dos candidatos deve
sair da coligação PT/PC do B/PSB/PPS e PV. O outro, da união
entre o PMDB/PSDB/PDT.
Apesar de toda a euforia da oposição, os números demonstram
que o grupo político de ACM controla praticamente todo o Estado.
Das 417 prefeitos, 390 seguem a
orientação do ex-presidente do
Senado. Na Assembléia, 42 dos 63
deputados também são carlistas
-além de o governo estadual, na
mão de Cesar Borges (PFL).
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