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ELEIÇÕES 2006 / ALIANÇAS
Lembo acusa ACM de ter lambido botas de militares
Senador afirma que governador é burro, incompetente e nunca obteve um voto
Governador paulista afirma
que seu companheiro de
partido representa de fato
um senhor de engenho, pois
é mal-educado e grosseiro
DA REDAÇÃO
O governador de São Paulo,
Cláudio Lembo, e o senador
Antônio Carlos Magalhães
(BA), companheiros do PFL,
voltaram a se atacar ontem. Em
entrevista à rádio BandNews
FM, que deve ir ao ar hoje entre
as 9h e as 10h, o governador
chamou o senador de "senhor
de engenho" que "lambe a bota
dos militares". O baiano disse
que Lembo "abusa da burrice".
Ao comentar os conflitos entre PSDB e PFL, Lembo chamou ACM, sem citá-lo nominalmente, de "mal-educado",
"rústico" e "grosseiro": "Quanto a esse sr. que você disse, que
é senador de um outro Estado
que não São Paulo, ele é um homem mal-educado, um homem
deselegante, um homem rústico, um homem grosseiro, que
representa realmente o senhor
de engenho". E concluiu: "[Representa] o homem que bajula,
que lambe a bota dos militares
para ser prefeito, para ser governador e, portanto, não merece meu respeito -tanto que
eu não cito o nome dele".
O senador respondeu ontem
mesmo. Informado do teor da
entrevista, ACM disse que
Lembo (que presidiu a seção
paulista da Arena, que apoiava
a ditadura) é que era "produto
dos militares": "Cláudio Lembo
não merece respeito porque ele
sim é produto dos militares, ele
sim é um governador incompetente, que nunca recebeu um
voto e ademais abusa da burrice. Não tenho tempo a perder
com quem já acabou antes de
terminar seu mandato".
A discussão começou depois
que Lembo criticou a "elite
branca" em razão da crise de
segurança no Estado. Na semana passada, ACM afirmou que
Lembo tinha "cara de burro" e
que nunca tivera "um voto na
vida". No dia seguinte, na terça-feira, Lembo respondeu, chamando o senador de "senhor de
engenho", durante sabatina
realizada pela Folha: "A frase
de ACM é a forma como a minoria branca trata os demais".
ACM retrucou dizendo que
Lembo era "fruto do acaso" e
da pressão que Marco Maciel
"exerceu no partido para alçá-lo, sem que mérito tivesse, à
condição de vice-governador".
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