DA REDAÇÃO

José Serra às vezes parece "viver em outro planeta". O comentário partiu do então presidente Fernando Henrique Cardoso, em junho de 2001, ao reclamar para tucanos da relutância de seu ministro da Saúde em se assumir candidato à Presidência.
Como agora, o atual governador paulista hesitava em dividir a agenda de governo com atividades de montagem de palanques. Dizia que antecipar o debate da eleição de 2002 era preocupação de "alguns ociosos e da mídia".
Aliados governistas, como PFL (hoje DEM), também pressionavam, mas Serra aceitou acompanhar FHC em viagens pelo país apenas como ministro.
Já o papel que o mineiro Aécio Neves assume hoje, concorrendo com Serra pela vaga de candidato do partido, era desempenhado pelo então governador do Ceará, Tasso Jereissati.
Mas o nível de animosidade entre o paulista e o cearense era bem maior. Quando apareciam juntos em eventos, porém, trocavam afagos e um chegou a lançar o outro candidato.
Na época, também surgiu dissidência no PSDB de Minas, que queria discutir opções a Serra.


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