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Para deputados, muitos omitem
da Sucursal de Brasília
Deputados cujos gastos de campanha estão entre os 20 maiores da
Câmara disseram que muitos candidatos omitem doações na prestação de contas à Justiça Eleitoral.
"Nem todo mundo declara como
deveria", disse o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).
Segundo a prestação de contas de
Temer, ele gastou R$ 500 mil na
campanha para deputado federal.
"Fui obrigado a gastar isso. Não dá
para fazer campanha com menos.
Foram gastos inevitáveis", disse.
Temer afirmou que, como não
tem votos concentrados em uma
única região, teve de percorrer o
Estado inteiro durante a campanha. Para ele, o cargo de presidente
da Câmara não facilitou a arrecadação de fundos para a campanha.
"Não foi fácil. Os recursos não vieram à mão cheia", disse.
O líder do PSDB na Câmara, Aécio Neves (MG), disse que segue a
legislação "rigorosamente" na
prestação de contas da campanha.
"E estimulo que essa seja a regra,
mas, infelizmente, ainda não é."
Segundo Aécio, as doações para
a campanha são motivadas pela
sua atuação parlamentar.
"Eles (doadores) devem me considerar peça importante na condução do processo de estabilização
econômica com desenvolvimento.
Eles devem achar que a minha eleição é importante para Minas e
também no plano federal ", disse.
Para o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), a sua campanha
não é "cara". Ele usou o mesmo argumento de Temer: tem votos espalhados pelo Estado. "Fiz campanha em todo o Estado e tive votos
em 551 municípios", disse.
Segundo Marquezelli, a despesa
com a manutenção da estrutura de
campanha do ano passado foi alta.
"Eu preciso de mais carros, de
mais cabos eleitorais", afirmou.
João Caldas (PMN-AL) teve a
quinta campanha mais cara entre
os deputados eleitos. "A diferença
é que eu assumo os apoios à minha
candidatura. Muitos pegam dinheiro de empresas e não declaram, mentem, escamoteiam. Não
tenha nada a esconder. Foi dinheiro lícito", disse.
(LUIZA DAMÉ)
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