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Odebrecht fez doações para 4
da Reportagem Local
Empresas do grupo Odebrecht
ou a ele ligadas aparecem como as
maiores doadoras das campanhas
dos quatro primeiros colocados na
eleição ao governo do Estado de
São Paulo em 98.
A CBPO, que faz parte do conglomerado Odebrecht, foi a maior
doadora entre as construtoras que
participaram da campanha do governador reeleito Mário Covas
(PSDB), tendo doado R$ 300 mil
dos R$ 7,6 milhões arrecadados.
O dinheiro obtido pela chapa
majoritária do PPB não discrimina
os doadores do segundo colocado
na eleição estadual, Paulo Maluf,
dos de Oscar Schmidt, candidato
derrotado ao Senado.
Mas, sozinho, o candidato ao governo declarou ter arrecadado R$
2.980.465,93.
Assim como na campanha que
em 96 elegeu Celso Pitta (à época
no PPB, hoje sem partido) prefeito
da capital paulista, a maior quantia
de 98-R$ 600 mil- também foi
feita ao partido pelo grupo Odebrecht.
Responsável pela obra mais cara
durante a passagem de Maluf pela
Prefeitura de São Paulo, o túnel
Ayrton Senna, a CBPO contribuiu
com R$ 400 mil.
A empresa do grupo ficou encarregada de mais da metade do projeto do túnel e, em consórcio com a
Constran, recebeu R$ 400,4 milhões dos R$ 728 milhões pagos pela obra, de acordo com valores corrigidos pelo Índice de Preços de
Obras Públicas da Fipe.
Duas outras companhias ligadas
ao conglomerado, a Copesul
(Companhia Petroquímica do Sul)
e a OPP Polietilenos, contribuíram
com 58,8% dos R$ 1.207.546,52 arrecadados pela campanha de Marta Suplicy (PT), terceira colocada
na corrida eleitoral.
Juntas, as duas empresas colaboraram com R$ 710 mil. A Odebrecht já havia financiado, na eleição de 94, 42% da campanha de José Dirceu, hoje presidente nacional
do PT, ao governo do Estado de
São Paulo.
O grupo também foi um dos
maiores financiadores da candidatura de Francisco Rossi (ex-PDT,
hoje sem partido), que ficou em
quarto lugar na eleição. A CBPO
Engenharia contribuiu com R$ 200
mil para a campanha do ex-pedetista, que no total arrecadou R$
2.823.056,72.
Empreiteiras e bancos
Empresas ligadas à construção
civil e bancos foram os principais
doadores das campanhas de Covas
e da chapa pepebista formada pela
dupla Maluf-Oscar.
Incluindo as doações feitas pelo
grupo Odebrecht, os dois setores
doaram o equivalente a aproximadamente 50% do total arrecadado
pelas três candidaturas.
Mesmo com doações menores
do que em eleições passadas, as
empreiteiras ainda lideram a lista
do tucano, com uma contribuição
de cerca de R$ 2,5 milhões.
Construtoras e bancos doaram
R$ 2.202.200 dos R$ 4.395.203,42
declarados ao Tribunal Regional
Eleitoral (TRE) pela chapa pepebista. Empresas relacionadas à
construção civil foram responsáveis por 37,59% desse total, somados os valores fornecidos pela
Odebrecht.
Já os bancos contribuíram com
R$ 550 mil.
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