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IMPRENSA
Membro do Conselho Editorial e colunista da Folha receberá o Prêmio Maria Moors Cabot, da Universidade Columbia
Clóvis Rossi será premiado nos EUA
SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK
O jornalista brasileiro Clóvis
Rossi, repórter, colunista e membro do Conselho Editorial da Folha, vai receber o Prêmio Maria
Moors Cabot 2001, a mais importante distinção dada a um jornalista estrangeiro nos EUA.
Além de Rossi, foram premiados Mónica González, escritora e
jornalista baseada em Santiago
(Chile); Jorge Ramos, âncora da
Univision Network, cadeia de
emissoras de língua espanhola
nos EUA; e Sebastian Rotella, chefe do escritório da América do Sul
do jornal "Los Angeles Times".
Criado em 1938 e entregue pela
primeira vez no ano seguinte por
Godfrey Lowell Cabot, como homenagem a sua mulher, o prêmio
é administrado pela Faculdade de
Jornalismo da Universidade Columbia, em Nova York, e rivaliza
em importância com o Pulitzer,
entregue pela mesma instituição.
"A importância do prêmio cresceu à medida que, desde o fim da
Guerra Fria, a cobertura internacional dos jornais diminuiu", disse Tom Goldstein, reitor da faculdade. "Porque agora, mais do que
nunca, nossa economia é globalizada e a maior parte de nossas
preocupações é mesmo de natureza internacional."
Em seu 63º ano, o Prêmio Maria
Moors Cabot é concedido anualmente a três ou quatro jornalistas
que trabalham na América Latina, EUA, Canadá e Caribe, que tenham "contribuído para a liberdade de imprensa e o entendimento interamericano", segundo
sua declaração de princípios.
Ao ser informado da premiação, Clóvis Rossi observou: "Ganhar um prêmio, ainda mais um
prêmio internacional, é sempre
muito agradável, como é óbvio.
Mas representa ao mesmo tempo
uma dose extra de responsabilidade, até porque pressupõe-se
que jornalista premiado tenha alguma mágica para destacar-se na
profissão, o que está longe de ser
verdade. Acho que a única mágica
que me valeu o prêmio é o esforço
permanente e incansável, em
tempos especialmente difíceis na
história triste da América Latina".
Os jornalistas receberão o Maria
Moors Cabot no dia 4 de outubro,
em cerimônia no campus da Universidade Columbia, em Nova
York. Além da medalha Cabot, a
Faculdade de Jornalismo entregará US$ 5.000 aos premiados.
"Enviado Especial"
Clóvis Rossi, 58, trabalha na Folha desde 1980 e assina uma coluna na página A2 do jornal desde
1987. Nesse período, além de reportagens para diversas editorias,
realizou coberturas no Chile, Argentina, Portugal, Espanha, Cuba
e Uruguai. Este conjunto de textos
resultou no livro "Enviado Especial - 25 Anos ao Redor do Mundo", lançado em 1999 pela Editora
Senac, que cobre um período que
vai do golpe no Chile (1973) até a
Copa do Mundo na França (1998).
Paulistano, Rossi começou no
jornalismo em 1963, no extinto
"Correio da Manhã". Trabalhou
depois em "O Estado de S.Paulo"
e "Jornal do Brasil" e na revista
"IstoÉ". Além de "Enviado Especial", é autor de quatro livros.
Rossi não é o primeiro brasileiro a receber o Maria Moors Cabot.
Desde sua criação, foram contemplados, entre outros, Francisco de
Assis Chateaubriand (1945), Roberto Marinho (1957 e 1965), Alceu Amoroso Lima (1969) e Carlos Castello Branco (1978).
A Folha recebeu seis prêmios
em 1991, dois para a empresa e os
outros para Otavio Frias Filho, diretor de Redação, Gilberto Dimenstein, colunista e membro do
Conselho Editorial, Carlos Eduardo Lins da Silva, hoje diretor-adjunto de Redação do jornal "Valor
Econômico", e Ricardo Arnt, então repórter do jornal.
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