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São Paulo, domingo, 06 de julho de 2003

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OUTRO LADO

Advogado diz que Youssef possuía firma de táxi aéreo

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado do doleiro Alberto Youssef, João Gomes, afirmou que seu cliente atuava no transporte de malotes bancários porque é um ramo "economicamente rentável": "Ele era um empresário de táxi aéreo, hoje não tem mais a empresa".
Sobre as operações na agência do Banestado em Nova York, Gomes disse que Youssef "respeitava todas as leis norte-americanas". Definiu o trabalho de seu cliente como o de "um investidor internacional em Bolsas". "Ele investia, captava e aplicava dinheiro de outras pessoas", disse o advogado.
Sobre o dinheiro que chegou às contas de Youssef nos EUA, Gomes disse: "Se o dinheiro foi fruto de crime, de corrupção, se ele foi lavado, estou dizendo "se", então esse dinheiro já chegou lavado a Nova York". Ele afirmou que não existe conexão entre as remessas feitas do Brasil por meio de contas CC-5 e os valores movimentados pelo seu cliente em Nova York.
A assessoria da Febraban informou, na última sexta-feira, que preferia não se manifestar a respeito da participação de Youssef no transporte de malotes bancários até ter maiores informações. A assessoria afirmou que em 2001 o transporte compartilhado de valores "foi totalmente reformulado".
A assessoria do Banco do Brasil em Brasília informou que a instituição não tem responsabilidade sobre a contratação e subcontratação das empresas que transportam os malotes.
O gerente operacional da Oliveira Táxi Aéreo, Alexandre Silva, disse não saber que Youssef era dono da San Marino Táxi Aéreo. Segundo Silva, nos cinco anos em que a empresa prestou serviços "nunca houve registro de nenhum problema" com a empresa de Youssef. Ele disse que só soube pela imprensa das denúncias de lavagem de dinheiro contra o doleiro. (RV)



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