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PAINEL
Vera Magalhães (interina) @ - painel@uol.com.br
Mais propaganda
O Planalto elevou o valor do contrato de publicidade com as agências Lew,Lara e Matisse, que cuidam
da imagem institucional do governo. Agora são mais
R$ 37,5 milhões à disposição do presidente Lula, 25%
além do que previa o acordo anterior, de R$ 150 milhões. O aditamento da chamada "conta-mãe"" da publicidade estatal foi publicado no "Diário Oficial" da
União ontem, véspera do início oficial da campanha.
Dali saíram, por exemplo, as peças publicitárias de
"prestação de contas" de obras feitas nos Estados por
Lula. A Secretaria da Comunicação da Presidência diz
que a elevação é legal. Classifica-a ainda como "preventiva", para casos específicos de campanhas emergenciais e de utilidade pública no período eleitoral.
Vinde a mim. No primeiro dia no cargo, o tesoureiro
José de Filippi Jr. foi procurado por duas empresas interessadas em doar dinheiro para a
campanha de Lula.
Baião de dois. Geraldo
Alckmin se dividirá entre os
palanques do PSDB e do PFL
na Bahia. Na sexta-feira, em
Barreiras, fará carreata ao lado do governador Paulo Souto
e do tucano Jutahy Júnior.
MSP. Roberto Freire (PPS)
sugeriu ontem criar uma espécie de "movimento dos
sem-palanque", para abrigar
aliados de Alckmin em Estados onde o tucano não terá cabeças de chapa para pedir votos para ele na TV.
Acéfalo. O Espírito Santo,
um dos Estados que preocupam Alckmin, também não
dará palanque eletrônico para
Lula: Paulo Hartung, aliado
do presidente, não pode pedir
votos para ele porque tem os
tucanos na aliança.
QG. Enquanto procura comitê na capital, onde fará dobradinhas com aliados de Marta
Suplicy, Antonio Palocci vê
novo revés em sua candidatura a deputado: a Assembléia
aprovou convite para ouvir
Benedito Valencise, delegado
que investiga corrupção na
sua gestão em Ribeirão Preto.
Morcego. José Roberto Arruda (PFL-DF) inovou: inauguraria a campanha ao governo visitando hospitais um minuto após a meia-noite de hoje, ao lado do candidato a vice
de Alckmin, José Jorge.
O informante. Luiz Antônio Vedoin, filho do dono da
Planam, Darci Vedoin, fechou
acordo de delação premiada
com a Justiça. Entregou parte
do esquema dos sanguessugas
comandado pela empresa em
depoimento à Polícia Federal
no início da semana.
Estaca zero. Em jantar anteontem, a cúpula da CPI dos
Sanguessugas decidiu "despartidarizar" a investigação.
Pedidos para convocar os ex-ministros da Saúde José Serra
(PSDB), Saraiva Felipe
(PMDB) e Humberto Costa
(PT) serão arquivados.
Lupa. O MEC localizou seus
últimos contratos de compra
de ônibus escolares: todos são
de 2001. Das 107 compras seladas naquele ano, 57 foram
para o Mato Grosso, muitas
com empresas investigadas
no caso dos sanguessugas.
Amarras. Entre as limitações ao futuro governador de
São Paulo contidas na LDO de
2007 estão a revisão anual de
salários, a proibição de contingenciamento de emendas e
o aumento da vinculação de
verbas para educação.
Digital. As mudanças na
LDO foram feitas por pressão
da ala do PFL ligada ao presidente da Assembléia, Rodrigo
Garcia, sobre o grupo do Palácio dos Bandeirantes.
Balançou. Em conversa
com um aliado na semana
passada, Lula admitiu ter dúvidas sobre o Estatuto da
Igualdade Racial, projeto de
seu próprio governo, que cria
a classificação racial.
Outro lado. O Ministério
das Cidades nega que o ex-deputado Severino Cavalcanti
tenha despachado na pasta na
semana passada.
Tiroteio
A diminuição do ritmo é compreensível. Os
congressistas vão precisar de muito tempo para
explicar aos eleitores como foram capazes de
inocentar aquele bando de mensaleiros.
Do cientista político RUBENS FIGUEIREDO sobre a decisão do Congresso de funcionar apenas três dias por mês até as eleições.
Contraponto
Filho da terra
Ex-prefeito de Osasco, Celso Giglio recebeu no fim do
mês passado o título de cidadão avareense. Na homenagem, várias personalidades de Avaré discursavam quando
a vereadora Marialva Biazon pediu a palavra:
-Na época em que o Celso Giglio era superintendente
do Iams (Instituto de Previdência dos funcionários do Estado), íamos a São Paulo falar com ele sem audiência
marcada. Tínhamos uma tática: era só dizer que éramos
daqui da cidade que ele sempre atendia.
Giglio, que ouvia tudo calado, não resistiu e brincou:
-Então é por isso que desde então começou a aparecer
tanta gente de Avaré na minha vida!
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