DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Perto da estréia de "Olga" nos cinemas, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu na tribuna do Senado o nome de Filinto Müller seja retirado de uma das alas de gabinetes da Casa. À frente da chefia de polícia, Müller foi responsável pela deportação da judia Olga Benário, militante comunista, para um campo de concentração nazista na Alemanha, onde ela foi executada em 1942.
A revisão da homenagem a Müller já foi defendida pelo senador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que apresentou um projeto de lei nesse sentido. O ex-chefe de polícia do Distrito Federal foi presidente do Senado de 1973 a 1975 e morreu em um acidente aéreo.
"Será que o Senado deveria mesmo estar homenageando a pessoa que foi responsável pela prisão e perseguição e, em conseqüência, até o sacrifício final de uma mulher que acreditava com tanta força e sinceridade?", questionou Suplicy. O senador leu ainda na tribuna a última carta que Olga escreveu a seu marido, Luís Carlos Prestes, e à filha na véspera de sua morte na câmara de gás.
Suplicy e Cabral propuseram substituir o nome de Müller pelo do ex-senador Nelson Carneiro, jornalista e advogado. (FK)


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