São Paulo, quinta-feira, 06 de agosto de 2009

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Governistas devem apressar depoimento de Gabrielli

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Senadores governistas querem que o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, e o gerente executivo de Comunicação da estatal, Wilson Santarosa, sejam os primeiros a prestar depoimento na CPI da Petrobras como convidados. A estratégia foi acertada com a companhia, alvo de denúncias de desvio de recursos.
Para evitar constrangimentos aos principais alvos da oposição, a primeira ação do governo será transformar em convite os 54 requerimentos de convocação já apresentados pelos senadores ACM Junior (DEM-BA) e Álvaro Dias (PSDB-PR).
O relator da comissão e líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), vai apresentar a proposta na reunião da comissão, hoje. Convidados marcam a data do depoimento, não precisam responder a todas perguntas nem fazer o juramento de só dizer a verdade.
Os governistas dizem que o momento é ideal para receber integrantes da cúpula da Petrobras pois ainda não há nenhuma denúncia forte contra a estatal e porque a oposição está empenhada em derrubar José Sarney (PMDB-AP).
Mas, se depender do relator Romero Jucá, os depoimentos devem começar somente em setembro. Ele defende que os integrantes da CPI aproveitem agosto para ler documentos e elaborar perguntas. Com apenas três dos 11 integrantes da CPI, a oposição não terá como rejeitar a proposta de converter as convocações em convites. Até agora, 88 requerimentos de convocação, convite e informação foram apresentados.
O único acordo firmado entre base e oposição foi o de tentar encerrar a CPI em dezembro, para não haver investigação em ano eleitoral.
Denúncias envolvendo desvios de royalties com o patrocínio da ANP (Agência Nacional do Petróleo) devem ficar para uma segunda fase. O caso da alteração contábil que reduziu os impostos pagos pela Petrobras, detectado pela Receita Federal, não deve ser investigado.


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