São Paulo, quinta-feira, 06 de setembro de 2001

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MATO GROSSO

Gráfica do Estado teria produzido material publicitário do partido

PT usa gráfica de MS, diz promotora

JAIRO MARQUES
DA AGÊNCIA FOLHA

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul anunciou a intenção de pedir a abertura de processo contra os supostos responsáveis por uso irregular da gráfica do Estado para a elaboração gratuita de jornais, panfletos e adesivos de campanhas publicitárias e de divulgação do PT e de entidades simpáticas ao partido.
A promotora Maria Cristina Bertoline pretende denunciar sob acusação de improbidade administrativa o diretor-presidente da Agiosul (Agência da Imprensa Oficial de Mato Grosso do Sul), Ubirajara Gonçalves de Lima, e o diretor técnico, Ademar Chagas.
A acusação partiu de 21 donos de gráficas, que entregaram à promotoria, na semana passada, cópias de produtos que teriam sido rodados no órgão estadual.
Ontem, os promotores ouviram testemunha considerada chave -um funcionário que trabalha na Agiosul desde 1992 e pediu exoneração. Outros cinco ex-funcionários estão dispostos a depor. Todos trabalhavam das 18h às 22h, horário em que seriam feitos os trabalhos irregulares, pagos com dinheiro público.
A pessoa ouvida ontem não teve seu nome divulgado, mas entregou à promotora 25 documentos que comprovariam que a gráfica estaria sendo usada irregularmente desde março de 1999. O teor dos documentos não foi divulgado. A promotoria estima que o prejuízo aos cofres públicos tenha sido de cerca de R$ 300 mil.
As entidades apontadas como beneficiadas -a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), o PT, o governo do Estado e sindicatos- também serão denunciadas na Justiça.
O Ministério Público diz ter apurado que o material gráfico usado era empacotado e guardado no banheiro do gabinete do diretor-presidente da Agiosul.


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