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MATO GROSSO
Gráfica do Estado teria produzido material publicitário do partido
PT usa gráfica de MS, diz promotora
JAIRO MARQUES
DA AGÊNCIA FOLHA
O Ministério Público de Mato
Grosso do Sul anunciou a intenção de pedir a abertura de processo contra os supostos responsáveis por uso irregular da gráfica
do Estado para a elaboração gratuita de jornais, panfletos e adesivos de campanhas publicitárias e
de divulgação do PT e de entidades simpáticas ao partido.
A promotora Maria Cristina
Bertoline pretende denunciar sob
acusação de improbidade administrativa o diretor-presidente da
Agiosul (Agência da Imprensa
Oficial de Mato Grosso do Sul),
Ubirajara Gonçalves de Lima, e o
diretor técnico, Ademar Chagas.
A acusação partiu de 21 donos
de gráficas, que entregaram à promotoria, na semana passada, cópias de produtos que teriam sido
rodados no órgão estadual.
Ontem, os promotores ouviram
testemunha considerada chave
-um funcionário que trabalha
na Agiosul desde 1992 e pediu
exoneração. Outros cinco ex-funcionários estão dispostos a depor.
Todos trabalhavam das 18h às
22h, horário em que seriam feitos
os trabalhos irregulares, pagos
com dinheiro público.
A pessoa ouvida ontem não teve
seu nome divulgado, mas entregou à promotora 25 documentos
que comprovariam que a gráfica
estaria sendo usada irregularmente desde março de 1999. O
teor dos documentos não foi divulgado. A promotoria estima
que o prejuízo aos cofres públicos
tenha sido de cerca de R$ 300 mil.
As entidades apontadas como
beneficiadas -a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil), o PT, o governo do Estado
e sindicatos- também serão denunciadas na Justiça.
O Ministério Público diz ter
apurado que o material gráfico
usado era empacotado e guardado no banheiro do gabinete do diretor-presidente da Agiosul.
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