São Paulo, quinta-feira, 06 de setembro de 2007

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Toda Mídia

Nelson de Sá

Às pressas

Nelson Jobim recomenda pressa, Renan Calheiros aceita, amanhã é feriado. E assim mal deu tempo para o "teatro patético", de "homofobia desavergonhada", como já temia o blog de Ancelmo Góis. Helena Chagas até postou que "os senadores se embonecaram", que Wellington Salgado surgiu "mais penteado" falando aos "senhores senadores e telespectadores" e que Marisa Serrano "fez escova e foi de casaquinho cor de goiaba". Mas o ainda presidente do Senado ordenou que tudo terminasse às 14h. E pouco depois Fátima Bernardes já dizia que "será analisado pela comissão de Justiça daqui a pouco". E a TV Senado já entrou com Tasso Jereissati lendo, sem "boneca". Com votos abertos, o expediente terminou antes dos telejornais.

Globo/Reprodução
Comercial de "Duas Caras", que estréia no rastro de "Vidas Opostas"

IGUAIS, MAS DIFERENTES

Depois de Tutty Vasques espalhar a piada "Somos todos brancos" e da campanha quilombola contra renovar sua concessão, vem a Globo e, em comercial de nova novela, junta faces de negros e brancos, mais a narração "Somos todos iguais. Somos todos diferentes. "Duas Caras'".
É resposta para todo lado. Daniel Castro, há semanas, deu que "pela primeira vez uma favela terá destaque no horário nobre da Globo", mas ao custo de R$ 3 milhões. É a Globo que agora clona a Record, de "Vidas Opostas". Mas com Antonio Fagundes de "pai de todos" na favela, externas do Rio Grande do Sul a Pernambuco, por aí vai.

SEM VIOLÊNCIA
A novela que substituiu a violenta "Vidas Opostas" na Record, a leve "Caminhos do Coração", tem audiência "muito instável", deu o blog de Lauro Jardim. Estreou com 17 pontos e, uma semana depois, fez 13, com 20 e 10 no meio. E uma média "razoável para a emissora do bispo".

"MAIS UM ALIADO"
A Globo saudou ontem que a Google, com a qual tem acordo no YouTube, "abriu canal direto com ONGs que denunciam crimes sexuais na rede" e é "mais um aliado no combate à pornografia". Mas é para ONGs tipo Safernet. Nem menção às demandas de Ministério Público e Justiça.

Folha Imagem/wsj.com
O "Larry Flint brasileiro", em foto publicada ontem no pé da capa do "WSJ"

"WSJ" E OSCAR MARONI JR.
E lá estava Oscar Maroni Jr. na primeira página do "Wall Street Journal", sob o enunciado "Sexo e segurança aérea se vêem todos misturados na política brasileira". Fez, à sua maneira, a defesa do "Larry Flint brasileiro", destacado como "dono de bordel" -e cujo hotel, segundo a Fundação de Segurança de Vôo, ouvida nos EUA, "não é alarmante" para Congonhas. "O que é perturbador", na reprodução do jornal, "é que a segurança se torna cada vez mais uma questão política e não técnica no Brasil".

PARA O URUGUAI
A agência Ansa, citando telejornais de Montevidéu, deu que a extradição de um coronel do exército uruguaio, aprovada no Brasil, vai somar mais um aos 11 militares já em prisão especial "por violações de direitos humanos durante a ditadura, de 1973 a 1985".

O QUE QUER?
Um colunista do mexicano "La Jornada" cobrou ontem "o que quer o Brasil?", de um Lula que diz "sim mas não" à integração no Mercosul e "abraça Bush em Camp David". A opção, no fim do artigo, é entre o "Banco do Sul" e ser "sub-imperialista".

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@ - Nelson de Sá


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