Dilma participa de programa no rádio para confirmar investimento federal no metrô

Presidente irá a ao menos mais um comício; hoje está prevista a presença de Tarso em evento e, na segunda, é a vez de Paulo Vannuchi

Lalo de Almeida/Folha Imagem

Marta Suplicy, candidata petista à Prefeitura de São Paulo, conversa com eleitores na zona sul da cidade

RANIER BRAGON
EM SÃO PAULO
CONRADO CORSALETTE
DA REPORTAGEM LOCAL

O PT vai contar com forte ajuda federal na ofensiva que programou para os 15 últimos dias da campanha de Marta Suplicy na sucessão paulistana.
O partido negocia novos eventos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um está praticamente confirmado para o dia 20, em Brasilândia, zona noroeste. Petistas ainda tentam acertar a ida de Lula a mais quatro comícios, nos dias 27 e 28, nos extremos leste e sul.
Além disso, ministros vão intensificar ações com Marta. Ontem, Dilma Rousseff (Casa Civil) figurou no programa de rádio da ex-prefeita rebatendo críticas de que o governo federal não investirá no metrô.
"Olha, São Paulo pode ficar tranqüila no que depender do presidente Lula", disse Dilma no programa. "São Paulo agradece o seu apoio e o do presidente Lula", devolveu Marta.
Hoje está prevista a participação de Tarso Genro (Justiça) em agenda de Marta. Na segunda-feira, será a vez de Paulo Vannuchi (Direitos Humanos).
Pesquisa Datafolha de 29 de agosto revelou que a popularidade de Lula em São Paulo bateu recorde: 49%. Dos que aprovam o presidente, 52% dizem que votarão em Marta. Lula já andou em carro aberto e fez comício com a petista no extremo leste no sábado passado.
Na zona noroeste, palco da nova aparição de Lula, a petista promete construir um novo hospital. O plano de Marta para o metrô chega até Cachoeirinha, bairro da mesma região.
A introdução de Dilma no programa de rádio de Marta se deu após Gilberto Kassab (DEM) e Geraldo Alckmin (PSDB) explorarem a inexistência de recursos para o metrô no projeto de Orçamento da União para o ano que vem.
"Andam dizendo que o presidente Lula não está interessado em ajudar a resolver o problema de transporte e trânsito em São Paulo", diz o locutor numa simulação de telefonema da ministra recebido pelo comitê.
Dilma responde: "Como é que nós não trataríamos de um dos problemas mais graves? Eu explico, é fácil de entender. Os primeiros recursos não são do Orçamento da União, são financiamentos a serem liberados, através dos recursos públicos que temos via BNDES e Caixa Econômica Federal".
O Orçamento pode ser alterado pelo Congresso até sua votação final, que ocorre, normalmente, em dezembro. Quando era ministra do Turismo, cargo que ocupou até junho, Marta apresentou a Lula um plano de mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014 que prevê a ampliação em cerca de 100% da malha do metrô paulistano.
Pelo projeto -que Lula e Dilma dizem ter aprovado-, 75% dos recursos viriam do governo do Estado e da Prefeitura; 25%, do governo federal. O metrô de São Paulo diz que trabalha hoje com outro projeto de expansão.

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