São Paulo, sexta-feira, 06 de outubro de 2000

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RIO DE JANEIRO
Pefelista, que tenta reeleição, chegou a oferecer participação no governo a petistas; já o petebista prometeu implantar projetos do partido da vice-governadora do Rio
Conde e Maia passam a cortejar PT e PDT

FERNANDA DA ESCÓSSIA
LUIZ ANTÔNIO RYFF
DA SUCURSAL DO RIO

Os candidatos Cesar Maia (PTB) e Luiz Paulo Conde (PFL) passaram o dia de ontem tentando conseguir o apoio dos partidos de esquerda, que ficaram fora do segundo turno, a suas candidaturas à Prefeitura do Rio.
A vice-governadora Benedita da Silva, candidata derrotada do PT à prefeitura, com 22,63% dos votos, recebeu a visita de Conde, de manhã, e de Cesar Maia, à tarde. O atual prefeito foi mais longe que Maia, oferecendo aos petistas participação no governo municipal caso ganhe as eleições.
"Quero fazer um governo suprapartidário e espero que o PT possa participar de alguma forma. Não vejo nenhum problema de trabalhar com um partido como o PT", afirmou Conde.
Maia prometeu implantar projetos defendidos pelo PT e disse que, se eleito, convidará o ex-governador de Brasília Cristovam Buarque, para implantar no Rio o programa da bolsa-escola. Mas a Folha apurou que o petebista esperava que o PT decidisse, à noite, pela neutralidade.

Brizola
Depois do encontro com Benedita, Maia foi pedir o apoio do ex-governador Leonel Brizola, candidato derrotado do PDT, com 9,1% dos votos. Brizola tem deixado claro que prefere Maia, mas vem exigindo que o petebista abandone alguns pontos de seu programa, como a repressão aos camelôs.
Na reunião com Benedita, no gabinete dela na vice-governadoria, Conde explicou que a participação do PT em seu governo poderia acontecer, por exemplo, nos programas sociais.
Ele afirmou que programas municipais, como o Favela Bairro, têm sido elogiados por lideranças petistas e que a Prefeitura do Rio está implantando projetos criados pelo PT, como a bolsa-escola, beneficiando hoje 20 mil pessoas.
Segundo Conde, Benedita lhe disse que tem disciplina partidária e que aguardaria a decisão do partido.
Para Conde, quem conseguir o apoio do PT no segundo turno tem mais chances de vitória na eleição.


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