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"Temos o maior programa de distribuição de renda"
SANDRA BRASIL
ENVIADA ESPECIAL A LAJEADO (TO)
O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que
montou o maior programa de
distribuição de renda de história
do país. Ao discursar durante a
cerimônia de inauguração da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães, em Lajeado (a 53 km de
Palmas), FHC afirmou ainda que
estão sendo destinados a todos os
programas de renda básica do governo federal -como a Bolsa-Escola, Bolsa-Alimentação e o auxílio aos idosos-, cerca de US$ 20
bilhões, o que, de acordo com ele,
equivale a dois terços do Imposto
de Renda pago no Brasil.
"Quando alguém perguntar o
que se faz com o dinheiro do contribuinte, eu posso dizer com
tranquilidade que dois terços da
contribuição foram diretamente
transferidos para o maior programa de distribuição de renda que
já foi montado na história do Brasil", disse FHC, que estava acompanhado dos governadores Siqueira Campos (PFL-TO) e Joaquim Roriz (PMDB-DF), e dos
ministros Geraldo Quintão (Defesa) e Carlos Meles (Turismo).
Numa fala de mais de 15 minutos rica em frases de otimismo em
relação ao futuro do país e à confiança nos brasileiros, FHC disse
que o povo é prioridade no seu
governo quando são feitas as liberações de recursos.
Disse que muitas vezes foi criticado por aliados pela liberação de
recursos para adversários do governo. Segundo ele, o mau gestor
dos recursos públicos "seja ele
aliado ou seja adversário" é que
deve ser responsabilizado pelo
emprego irregular do dinheiro.
"Nossos inimigos? Dou dinheiro para o povo. O povo não é inimigo de ninguém. É o povo que
merece essa atenção. E se alguém
usa mal os recursos, seja aliado ou
seja adversário, esse alguém deve
pagar pelo mau uso que faz desses
recursos. O povo é que não pode
pagar pela culpa que não tem da
incapacidade eventual de algum
administrador".
Transpirando muito por causa
da temperatura estimada em 38
graus - com sensação térmica de
40 graus-, o presidente disse que
não pretende "fechar as torneiras" de recursos públicos. Lamentou não poder abri-las mais.
"E não há de ser portanto por
causa de um pré-julgamento do
governo federal que vamos fechar
as torneiras para este ou para
aquele", disse o presidente.
Sob um toldo instalado às margens da represa formada pela hidrelétrica, FHC acionou a primeira das cinco turbinas da usina que
foi construída pelo consórcio Investco - formado por cinco empresas privadas. Segundo presidente da Investco, Jorge Queiroz
de Moraes Júnior, já foram gastos
mais R$ 1,2 bilhão de reais na obra
que terá um custo total de R$ 1,34
bilhão. Ele disse que 70% dos recursos investidos foram financiados por instituições públicas
(BNDES, BASA e Sudam).
A inauguração da hidrelétrica
Luís Eduardo Magalhães fez parte
das comemorações do aniversário de 13 anos da criação do Estado do Tocantins.
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