São Paulo, domingo, 06 de outubro de 2002

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Cresce número de votantes no exterior

DA REDAÇÃO

Cresceu 42,5% o número de brasileiros cadastrados para votar no exterior neste ano em relação à eleição presidencial de 1998 -hoje, quase 70 mil pessoas deverão escolher o presidente em 250 seções eleitorais, em 102 cidades do mundo.
Esse aumento é superior à variação da estimativa do Itamaraty para brasileiros residentes fora do país em 1998 e neste ano. Segundo cálculos do Ministério das Relações Exteriores, em quatro anos, esse número subiu 33,3% e agora chega a pouco mais de 2 milhões.
É ainda um universo pequeno de votantes em relação ao total de brasileiros no exterior -apenas 3,5%. E ainda menor se comparado com o total de eleitores brasileiros -só 0,06% dos mais de 113 milhões de eleitores brasileiros estão fora do país.
Para base de comparação, o Amapá, unidade da federação com menor número de eleitores, tem 290 mil pessoas cadastradas para votar -mais de quatro vezes o número do exterior.
A maioria dos eleitores no exterior está concentrada nos EUA, país que também registra a mais relevante alta percentual de cadastrados. São mais de 24 mil (35,1% do total), aumento de 115% em relação a 1998.
Os outros seis maiores colégios eleitorais estão na Europa: pela ordem, Portugal, Itália, Alemanha, Suíça, Inglaterra e França.
Portugal, cujo eleitorado cresceu 77,6% em relação a 1998, tem também a cidade européia com mais eleitores: Lisboa registra 4.387 brasileiros votantes.
Na América do Sul, o país com mais eleitores brasileiros é a Guiana Francesa, com 1.534 eleitores, seguida pela Bolívia, com 1.426, e pelo Chile, com 1.141.
Por decisão do TSE, neste ano só foram abertas seções eleitorais em países com, no mínimo, 30 eleitores cadastrados. Com a medida, o número de países que terá urnas caiu de 95 para 76 -Vietnã e Ucrânia, por exemplo, que só tiveram sete votantes em 1998, ficaram de fora neste ano.
O menor colégio no exterior que receberá urnas é a Romênia: apenas 31 eleitores estão cadastrados.
Hoje será também a primeira vez que a urna eletrônica será utilizada fora do país -75,5% dos eleitores no exterior só usarão as cédulas de papel em caso de falhas nos aparelhos, enviados há duas semanas.
Devido ao fuso horário, a eleição acabará primeiro na Nova Zelândia.


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