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PR
PSDB pode ser fiel da balança no 2º turno
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Pelos indicativos das pesquisas
eleitorais, o futuro governador do
Paraná só será escolhido no segundo turno. A disputa até 27 de
outubro será entre ex-aliados, os
senadores Alvaro Dias (PDT) e
Roberto Requião (PMDB), que
polarizaram a campanha.
As candidaturas de Beto Richa
(PSDB) e Padre Roque Zimmermann (PT) não chegam a ameaçar os dois líderes.
Para o segundo turno, a tendência é que Requião atraia o maior
número de apoiadores entre os
derrotados. Ele terminou a campanha de primeiro turno pedindo
votos abertamente ao presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) e transita com facilidade entre a cúpula petista.
Já Dias, que lidera as pesquisas,
terá dificuldades para agregar novos apoios. Ele concorre em aliança com PTB e PPB, e apoiou Ciro
Gomes (PPS) a presidente. É provável, porém, que conte com o
PFL do governador Jaime Lerner.
Em 98, Dias fechou acordo
branco com o governador, que
disputou a reeleição, derrotando
Requião. O PFL não lançou candidato ao Senado e Dias não enfrentou adversário forte. Foi uma
articulação contra Requião, inimigo político de Lerner.
O PSDB deve liberar as bases em
eventual segundo turno. O candidato do PMDB tentou costurar
aliança com os tucanos na pré-campanha, mas acabou sozinho.
Nas últimas semanas, Beto elegeu Requião como alvo preferencial dos ataques. O senador deu o
troco no debate de quarta, na TV.
Entre os dois, Requião é considerado o mais "palatável" pela cúpula do PSDB. Os tucanos não
perdoam o fato de o sucessor do
ex-governador José Richa (pai de
Beto) ter promovido "uma devassa" sobre o governo anterior, tão
logo assumiu, em março de 1987.
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