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Para Mantega, liberação de R$ 1,5 bi é normal
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Guido Mantega
(Fazenda) disse ontem que a
liberação de R$ 1,5 bilhão em
gastos extraordinários anunciada quarta-feira é "rotina"
e não "tem nenhum impacto
eleitoral". Segundo o ministro, novas liberações podem
ocorrer mas, caso a receita fique abaixo das projeções oficiais esse mês, "podemos fazer uma retenção de R$ 3 bilhões ou R$ 4 bilhões".
Sobre os R$ 140 milhões
para a prevenção à gripe
aviária Mantega ironizou:
"Não posso dizer: "pássaros
infectados não venham para
o Brasil porque estamos em
processo eleitoral"".
No fim de setembro, o Ministério da Fazenda reavaliou a receita anual e decidiu
bloquear R$ 1,6 bilhão. Com
a MP de ontem, a medida
perde efeito, indicando que o
governo precisará ajustar
suas contas.
Mantega disse que cumprirá a meta de superávit primário de 4,25% do PIB fixada para esse ano. O ministro,
no entanto, não descartou a
possibilidade de esse percentual ser reduzido para 4,10%
do PIB, descontando, como
permite a legislação, os investimentos feitos em projetos de investimento considerados rentáveis pelo governo
e pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
A autorização para aumentar os gastos foi dada 11
dias depois de o governo bloquear recursos do Orçamento. R$ 231 milhões destinados ao Ministério dos Transportes serão aplicados em estados onde a votação do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva foi baixa no primeiro
turno das eleições. "[A liberação] não obedeceu a nenhum critério político. Obedeceu à viabilidade de fazer a
obra.", defendeu-se Mantega. Os Estados que serão beneficiados são Minas Gerais,
Rio Grande do Sul, Paraná,
Santa Catarina, Alagoas, Rio
Grande do Norte e Estados
do nordeste cortados pela
BR 101.
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