São Paulo, sexta-feira, 06 de outubro de 2006

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Para Mantega, liberação de R$ 1,5 bi é normal

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse ontem que a liberação de R$ 1,5 bilhão em gastos extraordinários anunciada quarta-feira é "rotina" e não "tem nenhum impacto eleitoral". Segundo o ministro, novas liberações podem ocorrer mas, caso a receita fique abaixo das projeções oficiais esse mês, "podemos fazer uma retenção de R$ 3 bilhões ou R$ 4 bilhões".
Sobre os R$ 140 milhões para a prevenção à gripe aviária Mantega ironizou: "Não posso dizer: "pássaros infectados não venham para o Brasil porque estamos em processo eleitoral"".
No fim de setembro, o Ministério da Fazenda reavaliou a receita anual e decidiu bloquear R$ 1,6 bilhão. Com a MP de ontem, a medida perde efeito, indicando que o governo precisará ajustar suas contas.
Mantega disse que cumprirá a meta de superávit primário de 4,25% do PIB fixada para esse ano. O ministro, no entanto, não descartou a possibilidade de esse percentual ser reduzido para 4,10% do PIB, descontando, como permite a legislação, os investimentos feitos em projetos de investimento considerados rentáveis pelo governo e pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
A autorização para aumentar os gastos foi dada 11 dias depois de o governo bloquear recursos do Orçamento. R$ 231 milhões destinados ao Ministério dos Transportes serão aplicados em estados onde a votação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi baixa no primeiro turno das eleições. "[A liberação] não obedeceu a nenhum critério político. Obedeceu à viabilidade de fazer a obra.", defendeu-se Mantega. Os Estados que serão beneficiados são Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Alagoas, Rio Grande do Norte e Estados do nordeste cortados pela BR 101.


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