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Para relator, petista não se envolveu com a máfia
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de ouvir a defesa da
senadora Serys Slhessarenko
(PT-MT), o senador Paulo Octávio (PFL-DF) sinalizou ontem que deve pedir sua absolvição no Conselho de Ética, onde
enfrenta processo de cassação
por suposto envolvimento com
a máfia dos sanguessugas. Paulo Octávio é relator desse caso.
"Minha sensação é que a senadora falou a verdade. Temos
que fazer justiça a uma mulher
que tem um passado de luta e
história política", disse. "Ela
não teve nenhuma troca de favores com a Planam, teve um
comportamento ético. O fato
de ter apresentado emendas
em 2003 não quer dizer que tenha ganho alguma coisa", afirmou Paulo Octávio, para quem
a senadora está "blindada".
Serys é acusada de ter recebido propina de R$ 35 mil da Planam por meio de seu genro
Paulo Ribeiro. Ele afirma que
recebeu o dinheiro ao vender
equipamentos hospitalares para a empresa. A senadora disse
que o genro não tinha atuação
relacionada a seu mandato.
"Tenho convicção de que ele
não recebeu nada dos Vedoins,
mas não me responsabilizo por
ninguém, a não ser por mim
mesma", disse a senadora, que
chorou ao se defender.
Serys destinou R$ 750 mil
em emendas ao Orçamento, em
2003, para a compra de cinco
ambulâncias. A Planam venceu
licitações para duas delas. Em
2004, a petista colocou recursos para a compra de duas ambulâncias, mas eles não foram
liberados.
(FERNANDA KRAKOVICS)
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