São Paulo, segunda-feira, 06 de outubro de 2008

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Globo vs. Ibope
Reprodução
Ao vivo, ontem, William Bonner e Alexandre Garcia debatem o Ibope

A nova tela, tirada da CNN, não funcionou bem.
Mas o problema da Globo foi outro, ontem no fechar das urnas. Chegou a entrar, cortando o "Domingão do Faustão", mas sumiu e só retornou meia hora depois. E o Rio ficou para o final -quando William Bonner estranhou que "Gabeira aparece à frente de Crivella pela primeira vez numa pesquisa Ibope". Alexandre Garcia até comentou que "a gente tem que considerar que foi uma boa base, seis mil", mas então o Globo Online já abria foto de Gabeira para o enunciado, sem aspas, "Nada como uma pesquisa atrás da outra".
De São Paulo, Garcia saiu explicando que Gilberto Kassab, "sendo do demo, teve apoio do governador Serra, que é tucano". De Minas, saudou a "surpresa" do candidato "apoiado pelo ministro Hélio Costa".
Por fim, Bonner perguntou sobre a previsão de que Lula "elegeria até poste" este ano e Garcia respondeu que "onde ele se empenhou, teve peso grande".

 

Na manchete do "Valor Econômico", na sexta-feira, "Receita alta explica onda de reeleições nas capitais".

CRISE E A OUTRA ELEIÇÃO
Antes de se iniciar a torção interessada dos resultados, no fim do dia de eleição, Lula até posou com candidato em São Bernardo do Campo, mas parecia mais preocupado em comentar, como nos últimos dias, a crise financeira. "Ele reforçou que não afetará o PAC", ressaltou a estatal Agência Brasil. Também Dilma Rousseff saiu espalhando que "não há dúvidas quanto aos recursos do PAC".
Por outro lado, FHC falou ao votar, com destaque no Globo Online, que "as ondas vão chegar", que a crise "já tem repercussão no país e vai continuar tendo" no futuro. Falou do suposto efeito eleitoral da crise de 2002.

ALEMANHA SE MOVE
Na manchete on-line do "New York Times", "Alemanha se move para erguer confiança na economia", noticiando a garantia sobre depósitos, também ressaltada por "Wall Street Journal" e "Financial Times". Que escolheram para manchete a informação de que o Tesouro americano já começa a desembolsar hoje os bilhões do pacote.
Ao fundo, na cobertura, a China anuncia que, contra a corrente de maior regulação, resolveu permitir operações financeiras de risco no país "apesar da crise global".

POR AQUI, "LOBBY"
Entrou até na escalada do "Jornal Nacional", "Europa decide punir os executivos de instituições financeiras por causa da crise".
Por aqui, por outro lado, Lula abriu o verbo contra a "ganância" e reclamou que o governo já sofre pressão do mercado, segundo a coluna "Painel", sábado, "pintando um cenário de escassez de crédito que não condiz com a realidade", ainda.

E "OPORTUNIDADE"
Marcela Sanchez, que trata da região no "Washington Post", opinou ontem que a crise "é uma oportunidade para a América Latina". No entender da colunista, chegou a hora de "derrubar subsídios universais" por aqui.
Já Andres Oppenheimer, no "Miami Herald", segue a "Economist" e prevê que o impacto maior da crise deve ser sobre os "populistas", Venezuela etc.

UMA VOZ NO QUINTAL
latimes.com
Lula, o "pragmático"

O americano "Los Angeles Times" publicou ontem longa reportagem, assinada por sete jornalistas, com a chamada de capa "Uma voz poderosa: O presidente do Brasil emerge como uma força na região". O texto avalia que "a ascensão de Lula veio em paralelo ao declínio da influência dos EUA em seu quintal" -e sublinha qualidades como "mediador" e "pragmático". Aborda de petróleo a armamentos.
De sua parte, o espanhol "El País" publicou longo texto do correspondente Jorge Marirrodriga, de Buenos Aires, intitulado "Dios es brasileño", sobre a imagem de Lula -com passagens como "a diferença fundamental entre o Brasil e seus vizinhos é que vê a jogada de longe".

SARAH E MAIS SARAH
Sarah Palin explorou os contatos entre Barack Obama e um ex-membro do Weathermen, que fez atentados nos anos 60 e 70, e até a Associated Press reagiu. A agência deu "análise", com repercussão por Huffington Post e Drudge, chamando o ataque de racista para baixo.
A vice, ainda sem impacto eleitoral, ecoa na sociedade do espetáculo e por colunas sem fim no "NYT", com Frank Rich dizendo que eclipsa o próprio John McCain. Sábado, foi alvo de nova paródia de Tina Fey.

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@ - Nelson de Sá


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