São Paulo, quinta-feira, 06 de novembro de 2008

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Aécio fala a tucanos sobre atrair aliados de Lula

MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em um discurso voltado exclusivamente para as eleições presidenciais de 2010, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), falou ontem aos deputados da bancada do PSDB no Congresso sobre a necessidade de atrair partidos hoje aliados do presidente Lula para a chapa presidencial tucana.
Cortejado pelo PMDB, o governador minimizou as chances de deixar a sua atual legenda para concorrer ao cargo de presidente em outra sigla. Disse que "é um quadro do PSDB" e que, apesar de ter uma relação boa com o PMDB, "agora é hora de construir um projeto para um novo governo".
Aécio criticou a teoria de que Lula consegue eleger qualquer pessoa e disse que o presidente, que era visto como um "Midas", não tem a capacidade de "ungir" seu sucessor em 2010 e nem de levar os atuais aliados para um candidato do PT.
"Sobre o presidente da República, que era visto como um Midas que transformaria tudo em ouro, há um sentimento, não só na classe política como entre os analistas, de que ninguém inventa nada. O presidente não tem e não terá o dom de, solitariamente, ungir alguém na cadeira presidencial".
Segundo o governador, o PSDB tem grandes chances de chegar à presidência daqui a dois anos levantando questões, como a ética, que "foram colocadas debaixo do tapete", e também aglutinando forças que não estarão ao lado do PT.
"As nossas chances são enormes. Se tivermos juízo, desprendimento, poderemos aglutinar forças políticas que hoje estão no guarda-chuva do presidente Lula, mas que podem não estar juntos em uma candidatura do PT. Acho difícil o PT aglutinar uma base tão grande como o presidente Lula faz".
Novamente citando as qualidades gerenciais do PSDB, ele disse que o governo Lula é "perdulário" e transformou uma base de proteção social em instrumento político.
Aécio é cotado, ao lado do governador de São Paulo, José Serra, para concorrer à presidência pelo PSDB. Questionado pela imprensa sobre uma eventual disputa pela vaga, ele falou sobre a necessidade da "unidade". "O PSDB é felizardo por ser um partido em que não faltam nomes. E eu daria minha contribuição não importa como nem onde".
Aécio esteve ontem em Brasília para reuniões na Câmara e no Senado.
Serra também estava na capital federal, mas não ouviu o discurso de seu colega tucano.


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