São Paulo, quinta-feira, 06 de novembro de 2008 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br A história impressa
Mal amanheceu e surgiram relatos, na cobertura
americana, de que os jornais haviam sumido. O blog
City Room contou de uma banca de Nova York que
não pôde atender a "centenas" de compradores. O site Politico fechou o dia brincando com o título "Como Obama salvou a indústria de jornais". Avisou que o "Washington Post" havia decidido publicar uma edição comemorativa de 150 mil exemplares e que os leitores formavam longa fila no prédio, à espera. O editor do "WP", em e-mail à redação postado pelo Politico, falou, sobre Obama: "Hoje começa uma nova história. Como vamos cobri-la vai influenciar o futuro do país e o futuro do nosso negócio aqui", o jornal. A CAPA
CNN, O RETORNO O blog TV Newser fez até piada, ao postar os dados da audiência na cobertura da noite da eleição, nos Estados Unidos. "Talvez tenham sido os hologramas." A CNN totalizou 12,3 milhões de telespectadores, perdendo por muito pouco de uma única rede, a ABC, que alcançou 13,1 milhões. A rede NBC veio em terceiro, com 12 milhões. Em patamar já mais baixo, no levantamento da Nielson, o canal de notícias Fox News marcou 9 milhões; a rede CBS, 7,8 milhões; e o canal MSNBC, 5,9 milhões. No total, 65 milhões acompanharam a cobertura pela televisão. Segundo a AP, a CNN dobrou sua audiência em relação à cobertura da eleição presidencial de 2004. OBAMA & LINCOLN
OBAMA & KING O FIM DA GUERRA CIVIL? Ecoando o momento histórico, o texto "mais popular" no site do "NYT" foi a coluna de Thomas L. Friedman, que abriu dizendo: "E então veio a se passar que em 4 de novembro de 2008, logo depois das 23h, horário do Leste, a Guerra Civil Americana terminou, quando um negro -Barack Hussein Obama- conquistou votos eleitorais bastantes para se tornar presidente dos Estados Unidos". Guerra que começou 147 anos antes, na Virginia. A coluna acaba falando de "um novo patriotismo", sobre "o que significa ser um cidadão", hoje -e proclama, ao fechar com estrondo: "Que a reconstrução comece". LIBERAIS VS. A exemplo de Friedman, também Fareed Zakaria, que é editor na "Newsweek", diz no "WP" que Barack Obama tem agora a oportunidade de "realinhar a paisagem da nação e criar nova ideologia de governo para o Ocidente". Sugere fugir da "terceira via" de Bill Clinton e da "exaustão do conservadoradorismo" de George W. Bush. Defende um liberalismo moderno. CONSERVADORES Por outro lado, no artigo "mais popular" no site do "Wall Street Journal" e num bloco de Neil Cavuto, âncora da Fox News, ambos órgãos conservadores, começou ontem um inusitado esforço de defesa de George W. Bush. Questionam, principalmente, o "tratamento" que recebeu da mídia. Ao fundo, outro tópico: "Sarah Palin é o futuro dos republicanos?". "TERRORISTA" LÁ
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