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Câmara livra em definitivo acusado na "farra aérea"
Eugênio Rabelo era suspeito de vender parte de sua cota
MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Reunida ontem, os integrantes da Mesa Diretora da Câmara contribuíram para enterrar
definitivamente o caso da "farra das passagens", sem que ninguém tenha sido punido.
Por unanimidade, a cúpula
da Câmara aprovou o relatório
da Corregedoria que recomendou a absolvição do deputado
Eugênio Rabelo (PP-CE) por
participação no esquema de comercialização ilegal de bilhetes
aéreos. Com isso, o processo segue para o arquivamento.
Já a conclusão do caso de
Paulo Roberto (PTB-RS) foi
adiada novamente. O relatório
contra o deputado pede a abertura de processo no Conselho
de Ética, mas o quarto-secretário, Nelson Marquezelli (PTB-SP), pediu vista do processo e
deve apresentar um voto em
separado pedindo a absolvição.
"É um deputado do meu partido, tenho a obrigação de examinar. Além disso, não podemos cassar a carta dele porque
o seu pneu está careca", disse.
O comentário faz analogia ao
relatório, que começou analisando a participação de Paulo
Roberto no esquema das passagens, mas achou indício de quebra de decoro parlamentar por
outro motivo. O deputado é
suspeito de contratar funcionários fantasmas e ficar com parte de seus salários. Ele nega.
Investigações
Apesar da atitude da Mesa da
Câmara, o corregedor Antônio
Carlos Magalhães Neto (DEM-BA) garante que as investigações continuam. Ontem, ele decidiu abrir uma sindicância
contra o deputado Paulo Bauer
(PSDB-SC), também suspeito
de participar do esquema.
Bauer é deputado licenciado e
atualmente é secretário de
Educação de Santa Catarina.
O tucano nega as acusações.
Diz que a comercialização de
seus créditos excedentes de bilhetes foi feita por um ex-funcionário, quando ele ainda não
estava no exercício do mandato
parlamentar. "Terei a oportunidade de dar a minha versão
dos fatos [para a Corregedoria]
e me ver livre logo disso."
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