São Paulo, sexta-feira, 06 de novembro de 2009

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Câmara livra em definitivo acusado na "farra aérea"

Eugênio Rabelo era suspeito de vender parte de sua cota

MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Reunida ontem, os integrantes da Mesa Diretora da Câmara contribuíram para enterrar definitivamente o caso da "farra das passagens", sem que ninguém tenha sido punido.
Por unanimidade, a cúpula da Câmara aprovou o relatório da Corregedoria que recomendou a absolvição do deputado Eugênio Rabelo (PP-CE) por participação no esquema de comercialização ilegal de bilhetes aéreos. Com isso, o processo segue para o arquivamento.
Já a conclusão do caso de Paulo Roberto (PTB-RS) foi adiada novamente. O relatório contra o deputado pede a abertura de processo no Conselho de Ética, mas o quarto-secretário, Nelson Marquezelli (PTB-SP), pediu vista do processo e deve apresentar um voto em separado pedindo a absolvição.
"É um deputado do meu partido, tenho a obrigação de examinar. Além disso, não podemos cassar a carta dele porque o seu pneu está careca", disse.
O comentário faz analogia ao relatório, que começou analisando a participação de Paulo Roberto no esquema das passagens, mas achou indício de quebra de decoro parlamentar por outro motivo. O deputado é suspeito de contratar funcionários fantasmas e ficar com parte de seus salários. Ele nega.

Investigações
Apesar da atitude da Mesa da Câmara, o corregedor Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA) garante que as investigações continuam. Ontem, ele decidiu abrir uma sindicância contra o deputado Paulo Bauer (PSDB-SC), também suspeito de participar do esquema. Bauer é deputado licenciado e atualmente é secretário de Educação de Santa Catarina.
O tucano nega as acusações. Diz que a comercialização de seus créditos excedentes de bilhetes foi feita por um ex-funcionário, quando ele ainda não estava no exercício do mandato parlamentar. "Terei a oportunidade de dar a minha versão dos fatos [para a Corregedoria] e me ver livre logo disso."


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