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ESCÂNDALO DO "MENSALÃO"/ PALOCCI NA MIRA
Senadores dizem que ministro da Fazenda tem até quinta-feira para marcar depoimento como convidado na CPI dos Bingos
PFL pressiona Palocci e ameaça convocá-lo
ADRIANO CEOLIN
LUCIANA CONSTANTINO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PFL deu ontem um ultimato
ao ministro da Fazenda, Antonio
Palocci, para que seja marcado o
seu depoimento na CPI dos Bingos como convidado. O ministro
tem até quinta-feira para escolher
uma data. Caso contrário, os pefelistas dizem que tentarão aprovar
sua convocação para que ele preste esclarecimentos sobre denúncias de irregularidades na Prefeitura de Ribeirão Preto.
Há duas semanas, oposição e
governo fecharam acordo para
que Palocci fosse à comissão como convidado, mas até o último
fim de semana o presidente da
CPI, senador Efraim Morais
(PFL-PB), não conseguiu acertar
uma data com o ministro.
Segundo o líder pefelista no Senado, José Agripino Maia (RN), o
requerimento de convocação pode ser apresentado pelo próprio
presidente da comissão.
"Ele me disse que tentou falar
com o ministro Palocci diversas
vezes na semana passada. Telefonou todos os dias, mas não conseguiu contato", disse Agripino. "Se
até quarta ou quinta não houver
uma resposta, ele mesmo
[Efraim] irá apresentar um requerimento de convocação."
Apesar de dizer que o ministro
já deu explicações sobre o caso no
Senado e na Câmara, o senador
Tião Viana (PT-AC) confirmou
ontem que o acordo para o depoimento está mantido.
Palocci viajou a trabalho no fim
de semana e voltou ontem a Brasília. A assessoria do Ministério da
Fazenda não informou o motivo
de o ministro não ter sido localizado na semana passada.
Para o relator da CPI, senador
Garibaldi Alves (PMDB-RN), o
convite foi uma forma de "prestigiar" o ministro. "Foi uma deferência ao ministro, por isso acho
que ele vai cumprir", disse, lembrando que até agora Palocci foi o
único convidado da CPI.
Pelo acordo, Palocci, ao atender
ao convite, terá de assinar um termo para autorizar o uso de suas
declarações como prova legal.
Agenda
A CPI dos Bingos marcou para
hoje o depoimento de Mara Gabrilli, irmã da empresária do ramo de transportes em Santo André Rosângela Gabrilli. A empresária confirmou que havia um esquema de arrecadação de recursos de empresários em Santo André, durante o mandato do prefeito assassinado Celso Daniel, e disse que Mara foi recebida por Lula
em 2003, quando relatou o caso.
Amanhã depõem os empresários Roberto Colnaghi e Roberto
Carlos Kurzweil.
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