São Paulo, quarta-feira, 07 de janeiro de 2009

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Requião quer processar TIM por corte de linhas

Segundo governador, serviço foi interrompido devido a dívida de R$ 34; empresa diz que o valor é de R$ 12 mil

DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), disse ontem que irá processar a companhia de telefonia TIM por ter cortado vários celulares de órgãos públicos -inclusive o dele próprio- por causa de uma dívida de R$ 34.
Em nota, a empresa confirmou os cortes das linhas, mas disse que fez isso por não ter identificado o pagamento de uma fatura de R$ 12 mil. "O pagamento não foi feito de acordo com os padrões contratuais estabelecidos entre a Casa Civil e a operadora", disse a nota.
O pagamento, segundo a assessoria da Casa Civil, foi feito por depósito bancário, e não por pagamento em código de barras, o que teria impedido sua identificação imediata.
Segundo o governador, o corte gerou problemas de comunicação -entre eles, a interrupção de investigações policiais, já que alguns dos celulares pertenciam a delegados. Aparelhos da Casa Civil e da Defesa Civil também foram cortados.
Requião afirmou que a TIM será excluída do cadastro de prestadores de serviço por ter "levado o Estado à anarquia". Os cortes ocorreram em 31 de dezembro e anteontem.
Na nota, a empresa negou desentendimentos e afirmou que, em relação ao governo estadual, "ressalta que tem um relacionamento sólido, de prestação de serviço, [...] sem históricos de casos semelhantes".
O procurador-geral do Estado, Carlos Marés, disse que o número total de telefones afetados estava sendo levantado para embasar ação com pedido de indenização que será ingressada na Justiça.
Marés disse que, pelo volume de contas a pagar com a chegada do final do ano, o governo paranaense adota procedimentos diferentes para cumprir todas as obrigações.


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