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Assembléia de SP volta ao trabalho com CPIs na pauta
DA REPORTAGEM LOCAL
Após 47 dias de recesso, os
deputados estaduais de São
Paulo retornam hoje à Casa. Na
pauta, encontrarão temas polêmicos, como a proposta de
abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito)
para investigar eventual ilegalidade na construção do prédio
anexo da própria Assembléia.
A obra começou em maio de
2006. Estava orçada em R$ 9,2
milhões e prevista para terminar em março de 2007. Há quase um ano os móveis comprados estão pelos corredores, escadas e salões da Assembléia.
Em novembro, o presidente
da Casa, Vaz de Lima (PSDB),
anunciou que a obra ficará
pronta até 30 de abril ao custo
de R$ 26,8 milhões.
"Temos que apurar o que
ocorreu. O pedido de CPI está
pronto. Antes quero levar a discussão para a reunião do PT, na
terça-feira", disse o deputado
Sebastião Almeida (PT). Para
Vaz de Lima, um eventual pedido de CPI deve seguir a ordem
cronológica. Isso significa que
uma apuração sobre a obra só
poderá ser iniciada depois que
as pelo menos 20 inscritas tiverem sido concluídas.
O líder do PT, deputado Simão Pedro, tentará emplacar
um outro pedido de apuração,
sobre eventuais contas ilegais
no exterior atribuídas ao presidente do Tribunal de Contas do
Estado (TCE-SP), Eduardo
Carvalho Bittencourt. TCE é
um órgão auxiliar da Assembléia, voltado à fiscalização de
contas do Executivo.
O PT pedirá a instalação de
comissão especial, que foi criada no final de 2007 como um
instrumento de investigação de
matéria relevante que não está
prevista dentre as de competência exclusiva das comissões
permanentes. "O TCE é um órgão auxiliar da Assembléia e os
deputados não podem se omitir
nesse caso", disse Simão Pedro.
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