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Pefelista quer que STJ cuide
de processos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A pré-candidata do PFL à
Presidência, Roseana Sarney
(MA), decidiu ontem reivindicar formalmente que os processos atingindo empresas em
seu nome sejam transferidos
da primeira instância de Justiça
para o STJ (Superior Tribunal
de Justiça). A reivindicação será feita via "reclamação" a ser
protocolada no STJ, alegando a
prerrogativa dos governadores
de serem julgados nesse foro
especial. Roseana é governadora do Maranhão.
Ela e seu pai, o senador e ex-presidente José Sarney
(PMDB-AP), se reuniram ontem, em sua casa em Brasília,
com os advogados Saulo Ramos e Luiz Carlos Bettiol, que
há décadas cuidam dos interesses da família nessa área.
A equipe de advogados foi reforçada por Luiz Cernichiaro,
que atua em Brasília e aceitou
assumir o caso juntamente
com Bettiol, autor, por exemplo, do mandado de segurança
de reteve o material apreendido pela Polícia Federal na empresa Lunus, de Roseana e de
seu marido, Jorge Murad.
Na sexta-feira, os advogados
da Lunus entraram no Tribunal Regional Federal da 1ª Região com pedido de mandato
de segurança para que os materiais apreendidos na empresa
não seguissem para Tocantins.
O juiz Fernando Tourinho Neto concedeu a liminar.
Como a operação de busca e
apreensão de documentos na
empresa de Roseana e Murad
foi determinada pela juíza Ednamar Silva Ramos, da Justiça
Federal do Tocantins, os papéis
apreendidos na ação deveriam
seguir para o Estado.
Um quarto advogado presente à reunião de ontem foi José
Gerardo Grossi, que atuou, entre outros, na defesa do ex-secretário-geral da Presidência
Eduardo Jorge Caldas Pereira e
do ex-presidente do Banco
Central Francisco Lopes. Grossi, porém, não aceitou integrar
a equipe de advogados de Roseana.
Alegou que está numa lista de
prováveis juízes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e que
enfrentaria impedimentos éticos e legais caso acumulasse essa função com a defesa de um
dos candidatos a presidente.
Saulo Ramos disse que a governadora também quer que
seja aberto o sigilo das investigações. "Processo secreto é coisa de ditadura. É coisa de inquisição", afirmou ele pela manhã.
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