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Marta agora é cotada para assumir Turismo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O anúncio da reforma ministerial ficou para a próxima semana, mas o desenho da nova
equipe de Lula até ontem previa a manutenção de Márcio
Fortes no Ministério das Cidades, na cota do PP, e a oferta da
pasta do Turismo à ex-prefeita
petista Marta Suplicy.
Caso ela aceite o convite,
Walfrido Mares Guia sairia do
Turismo e iria para as Relações
Institucionais, no lugar de Tarso Genro, que sucederá Márcio
Thomaz Bastos na Justiça.
Outra novidade surgiu no xadrez da reforma. O governo pode oferecer ao PSB, para compensar a perda do Ministério da
Integração Nacional, uma nova
Secretaria Especial de Portos e
Aeroportos, cujo titular terá
status de ministro. Vice-líder
do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS) é cotado.
Lula cogitou anunciar alguns
nomes nesta semana, mas recuou depois do desfecho da disputa pela presidência do
PMDB. Nelson Jobim renunciou e selou a recondução de
Michel Temer ao posto.
Tarso disse ontem que o presidente tem "95% da reforma
na cabeça", mas que não iria
anunciá-la agora para não dar a
idéia de interferência na disputa do PMDB. Partidários de Jobim acusam o Planalto de favorecer Temer na reta final.
O espaço do PMDB ainda não
está definido. O tema foi discutido ontem em reunião de Lula
com Temer. A ida de Geddel
Vieira Lima (BA) para a Integração Nacional já foi oficializada nos bastidores, mas o
PMDB da Câmara reivindica
mais uma pasta. O presidente
ainda não respondeu.
Os deputados peemedebistas
pedem a da Agricultura, mas
podem ficar com a da Previdência, caso Lula resolva atender à
reivindicação. Das duas pastas,
a que ficar vaga será oferecida
ao PDT, inclusive a Previdência, antes vista como proibida
para pedetistas por serem contra reformas no setor. Agora, o
discurso é que a sigla se opõe ao
corte de direitos adquiridos,
não a mudanças consensuais.
Ontem, Tarso indicou que
Lula pode resistir às pressões
dos peemedebistas da Câmara:
"Eles vão ter um ministério".
Na Saúde, Lula vai nomear o
médico José Gomes Temporão,
filiado ao PMDB, e indicado pelo governador Sergio Cabral
(RJ).
(VALDO CRUZ e PEDRO DIAS LEITE)
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