|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Governo volta atrás e deve liberar reajustes
Alta arrecadação de impostos permitiu revisão de aumentos a servidores suspensos desde o fim da CPMF
VALDO CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Diante do recorde registrado
na arrecadação de impostos no
início do ano, o governo federal
vai começar a liberar no final
desse mês alguns dos reajustes
salariais para servidores públicos que estavam suspensos
desde o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), o chamado imposto do cheque.
Logo após a derrota no Congresso, quando a oposição impediu a prorrogação da CPMF,
o governo anunciou um corte
de R$ 20 bilhões no Orçamento
sob o argumento de que era
preciso compensar a perda de
R$ 38 bilhões na receita.
Entre as medidas estava a
suspensão dos acordos de reajustes salariais firmados com o
funcionalismo público em
2007, que começariam a vigorar nesse ano e gerariam gasto
extra de cerca de R$ 6,9 bilhões.
Com a arrecadação de impostos mostrando um crescimento
real de 18% em janeiro, o Ministério do Planejamento decidiu desbloquear pelo menos
parte dos acordos com os servidores. A idéia é cumprir cerca
da metade do que estava previsto inicialmente - uma despesa extra de R$ 3,5 bilhões.
Após a divulgação da arrecadação de janeiro, a oposição criticou o governo, que dizia, em
2007, não poder abrir mão da
CPMF sob o risco de provocar
um rombo no Orçamento.
A equipe econômica ainda
não reconhece que estava errada. Diz que os números de janeiro foram atípicos, por conta
dos lucros elevados das empresas, e que podem não se repetir
nos próximos meses.
Texto Anterior: Campo minado: Governadora tucana não fala sobre a violência da polícia Próximo Texto: Impasse: Planalto ameaça editar MPs se Congresso não votar orçamento Índice
|