São Paulo, quarta-feira, 07 de abril de 2004

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Manifestações atrapalham, afirma Viegas

DO ENVIADO A RIO BRANCO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro José Viegas (Defesa), ao rotular ontem de "erosão" a defasagem salarial dos integrantes das Forças Armadas, disse que as manifestações das famílias dos militares da ativa por reajuste só "atrapalham" as negociações.
"A nossa interlocução com o governo é fluida e fácil e não precisamos de nenhum intermediário, ninguém fazendo panelada para que o governo tenha consciência da necessidade de fazer um reajuste digno e correto para os militares. Grito só atrapalha", disse, em Rio Branco (AC), onde acompanhou visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Quando vetou a necessidade de "intermediário", Viegas deu um recado direto ao deputado federal Jair Bolsonaro (PTB-RJ), ex-capitão do Exército e um dos organizadores do protesto que reuniu cerca de 700 familiares de militares no domingo, em Brasília.
Ontem, Viegas deixou claro que não pretende tê-lo como representante. "Eu já o [Bolsonaro] recebi várias vezes. Mas para discutir salário, isso não é necessário."
De acordo com Viegas, que afirmou ter conversado ontem sobre o tema com Lula, o governo não tem prazo para efetuar o reajuste -pedido na casa dos 30%.
Anteontem, em nota, o comando da Aeronáutica disse que a defasagem no salário acarreta uma "possibilidade real de florescer insatisfação social" nas Forças.


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