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Manifestações
atrapalham,
afirma Viegas
DO ENVIADO A RIO BRANCO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro José Viegas (Defesa),
ao rotular ontem de "erosão" a
defasagem salarial dos integrantes das Forças Armadas, disse que
as manifestações das famílias dos
militares da ativa por reajuste só
"atrapalham" as negociações.
"A nossa interlocução com o
governo é fluida e fácil e não precisamos de nenhum intermediário, ninguém fazendo panelada
para que o governo tenha consciência da necessidade de fazer
um reajuste digno e correto para
os militares. Grito só atrapalha",
disse, em Rio Branco (AC), onde
acompanhou visita do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
Quando vetou a necessidade de
"intermediário", Viegas deu um
recado direto ao deputado federal
Jair Bolsonaro (PTB-RJ), ex-capitão do Exército e um dos organizadores do protesto que reuniu
cerca de 700 familiares de militares no domingo, em Brasília.
Ontem, Viegas deixou claro que
não pretende tê-lo como representante. "Eu já o [Bolsonaro] recebi várias vezes. Mas para discutir salário, isso não é necessário."
De acordo com Viegas, que afirmou ter conversado ontem sobre
o tema com Lula, o governo não
tem prazo para efetuar o reajuste
-pedido na casa dos 30%.
Anteontem, em nota, o comando da Aeronáutica disse que a defasagem no salário acarreta uma
"possibilidade real de florescer insatisfação social" nas Forças.
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