São Paulo, quarta-feira, 07 de maio de 2008

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Painel

RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br

E por falar em PAC

Sem descuidar do dossiê, a oposição pretende explorar também o motivo oficial da ida de Dilma Rousseff hoje ao Senado. Cobrará da ministra da Casa Civil a baixa execução orçamentária do programa.
Dados do Siga Brasil (compilação de despesas do governo disponível no site do Senado) mostram que, dos R$ 17,2 bi autorizados para o PAC neste ano, apenas R$ 1,9 bi foi empenhado e R$ 13,7 mi, efetivamente pagos. A oposição usará os números como contraste à superexposição de Lula e ministros em lançamentos do programa país afora. "A ineficiente máquina administrativa só é rápida na hora de elaborar dossiês contra os adversários", ataca Kátia Abreu (DEM-TO).



Arma letal. Também Dilma irá preparada para exaurir a oposição. Abrirá sua fala com a já famosa apresentação em PowerPoint sobre o PAC. São no mínimo 40 minutos.

Tô voltando. Delcídio Amaral (PT-MS) antecipou o retorno de Londres, onde participou de encontro sobre petróleo, para reforçar a tropa de apoio a Dilma no Senado.

Na tristeza. Paulinho não fugiu à regra dos políticos às voltas com denúncias: fez-se acompanhar da mulher, Elza de Fátima, no primeiro discurso desde que teve o nome envolvido em operação da PF.

Corpo fora. O combativo Jefferson Péres (PDT-AM) passou o dia defendendo que Paulinho se licencie. Mas não foi à reunião da Executiva que tratou do tema, preferindo a posse do novo presidente do TSE, Carlos Ayres Britto.

Preventivo. Diante do risco de o STF consolidar jurisprudência pró-seqüestro de receita de Estados e municípios para pagar precatórios, Marco Maciel (DEM-PE) coloca em votação hoje, na CCJ do Senado, sete projetos de emenda que instituem regime especial para pagamentos derivados de sentença judicial.

Pólvora. O deputado estadual Enio Tatto (PT) enviou pedido à PF para obter dados sobre a investigação internacional que aponta a empresa Alstom como suposta pagadora de suborno em troca de contratos no Metrô paulista.

Vem cá. Vitoriosos no arranca-rabo tucano da noite de segunda, os alckmistas convidaram o presidente municipal do PSDB, José Henrique Lobo, a integrar a coordenação da campanha do ex-governador. Ele declinou.

Veja bem. Que José Serra não ouça. Em conversa com o deputado Márcio França, Alckmin ponderou que o embarque do PSB em sua candidatura a prefeito funcionaria como porta de entrada para Ciro Gomes em São Paulo.

Janela. Integrante do "bloquinho", o PSB deve apoiar Aldo Rebelo (PC do B). Que por sua vez não deixará de abrir espaço ao presidenciável Ciro na propaganda de TV.

A conferir. Prestes a anunciar a adesão a Alckmin, o presidente do PTB-SP, Campos Machado, tem martelado que não será vice. E que a vaga será de Arnaldo Faria de Sá.

Sandálias... O prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, dedicou-se ontem a um giro de conversas com a Executiva Nacional do PT. Em tom conciliador, não repetiu a ameaça de contestar judicialmente a proibição à aliança com o PSDB.

... da humildade. Quem aposta num acordo diz que o roteiro passa por uma defesa pública de Pimentel da candidatura do PT à Presidência, frisando que a aliança com os tucanos é estritamente local.

Visita à Folha. Cesar Maia (DEM), prefeito do Rio de Janeiro, visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Ágata Messina, secretária de Comunicação Social.

Tiroteio

Dilma diz que o PAC não anda por falta de projetos do governo passado. Só se esquece de que o governo passado era de Lula.

Do deputado JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM-BA) sobre a ministra da Casa Civil, segundo quem a ausência de bons projetos do governo anterior atrasa o andamento do plano de crescimento de Lula.

Tiroteio

Debutante

O ministro Carlos Lupi desembarcou em São Paulo, na semana passada, para participar de um dos eventos de lançamento da carteira de trabalho informatizada. Durante a cerimônia, ele entregou os novos documentos a vários dirigentes sindicais presentes.
Ao chamar ao palco Antônio Neto, que comanda a CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), o ministro resolveu fazer graça:
-Olha aqui a sua carteira... Vamos ver se a partir de agora você começa a trabalhar!
Do meio da platéia, um sindicalista emendou:
-E com certeza será o primeiro emprego!


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