DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas ao trabalho do Congresso, que seria responsável por atrasos em iniciativas do Executivo. Ressaltou, porém, que ""isso faz parte do jogo". Além disso, creditou a "efeitos eleitorais" alguns atrasos em programas governamentais. "Muitas vezes, você manda um projeto de lei para o Congresso imaginando que dentro de dois meses ele vai ser aprovado. Acontece que, como o Congresso é a representação da estrutura democrática da nossa sociedade, aparece alguém lá e resolve fazer uma emenda. Mas isso faz parte do jogo. E a gente não pode ficar reclamando."
Ao falar das obras embargadas -algumas estradas, por exemplo, pelo Ministério do Meio Ambiente. "Aí, a primeira coisa que nós fazemos é xingar o Meio Ambiente, quando, na verdade, nós deveríamos xingar quem fez a lei, porque o ministério tem que cumprir a lei."
Em discurso improvisado, Lula discorreu sobre o efeito das eleições sobre a ação de governo. "É que, de vez em quando, tem eleição e os acordos ficam mais difíceis porque as pessoas depositam todo o seu interesse num período muito curto de eleição", disse, durante solenidade na sede da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), em Brasília.
Um dia depois de ter motivado seus ministros durante a divulgação do balanço de um ano e meio de governo, Lula chamou ontem a atenção de seus comandados, dizendo que eles devem, ao mesmo tempo, ter um "papel de equilíbrio" e deixar de lado suas "teses" acadêmicas.
Anteontem, Lula havia conclamado todos os ministros a demonstrar motivação e união para defender o governo. Ontem, disse que eles não ocupam tais cargos por questões de "amizade".


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