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PERFIL
Novo ministro da Saúde é ligado a Garotinho e Temer
DA REDAÇÃO
O novo ministro da Saúde, o
deputado federal José Saraiva
Felipe (PMDB-MG), 53, assume o lugar do petista Humberto Costa (PE), que sai do governo para ceder espaço para o
PMDB na reforma ministerial.
Saraiva Felipe está no PMDB
(então MDB) desde 1979 e elegeu-se para a Câmara por três
mandatos consecutivos.
Médico formado pela UFMG
(Universidade Federal de Minas Gerais) e mestre em saúde
pública, Saraiva Felipe começou sua atuação pública na área
como secretário em Montes
Claros (MG), de 1983 a 1985.
Depois, ocupou dois cargos
durante a presidência do hoje
senador José Sarney (1985-1990): secretário nacional de
serviços médicos da Previdência e, de 1989 a 1990, secretário
de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde.
Saiu do governo federal e entrou no estadual, como secretário da Saúde de Minas Gerais
no governo Hélio Garcia, entre
1991 e 1994. Em 1995, tomou
posse como deputado federal.
O novo ministro foi um dos
articuladores do Suds (Sistema
Unificado e Descentralizado de
Saúde), que precedeu o SUS
(Sistema Único de Saúde) e já
continha o princípio de atendimento universal. Atualmente é
membro da Comissão de Seguridade Social e Família.
No Legislativo, Saraiva Felipe
chegou a ocupar a liderança do
PMDB na Câmara dos Deputados de fevereiro a junho deste
ano, em uma briga entre as alas
peemedebistas pelo controle
da bancada.
Oposicionista
Alinhado à ala oposicionista
do partido, ao deputado Michel Temer (SP) e ao ex-governador do Rio Anthony Garotinho, que defende uma candidatura própria para a Presidência em 2006, o deputado disputou em fevereiro a liderança
contra o José Borba (PR), que
se licenciou do cargo na última
terça-feira, após as acusações
de que faria parte do suposto
esquema do "mensalão".
Saraiva Felipe foi eleito líder
da bancada peemedebista mas
a decisão não foi reconhecida
pelos governistas, que não
compareceram à reunião.
Por causa disso, Borba continuou ocupando o espaço físico
da liderança do PMDB, embora a Secretaria Geral da Mesa
considerasse Saraiva Felipe como líder partidário.
Antes da escolha, governistas
e oposicionistas patrocinaram
filiações de deputados de outros partidos como forma de
obter a maioria interna na legenda. Os governistas argumentam que houve vários deputados que votaram sem, porém, ter suas filiações ratificadas pelo partido.
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