São Paulo, quinta-feira, 07 de julho de 2005

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PERFIL

Novo ministro da Saúde é ligado a Garotinho e Temer

DA REDAÇÃO

O novo ministro da Saúde, o deputado federal José Saraiva Felipe (PMDB-MG), 53, assume o lugar do petista Humberto Costa (PE), que sai do governo para ceder espaço para o PMDB na reforma ministerial. Saraiva Felipe está no PMDB (então MDB) desde 1979 e elegeu-se para a Câmara por três mandatos consecutivos.
Médico formado pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e mestre em saúde pública, Saraiva Felipe começou sua atuação pública na área como secretário em Montes Claros (MG), de 1983 a 1985.
Depois, ocupou dois cargos durante a presidência do hoje senador José Sarney (1985-1990): secretário nacional de serviços médicos da Previdência e, de 1989 a 1990, secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde.
Saiu do governo federal e entrou no estadual, como secretário da Saúde de Minas Gerais no governo Hélio Garcia, entre 1991 e 1994. Em 1995, tomou posse como deputado federal.
O novo ministro foi um dos articuladores do Suds (Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde), que precedeu o SUS (Sistema Único de Saúde) e já continha o princípio de atendimento universal. Atualmente é membro da Comissão de Seguridade Social e Família.
No Legislativo, Saraiva Felipe chegou a ocupar a liderança do PMDB na Câmara dos Deputados de fevereiro a junho deste ano, em uma briga entre as alas peemedebistas pelo controle da bancada.

Oposicionista
Alinhado à ala oposicionista do partido, ao deputado Michel Temer (SP) e ao ex-governador do Rio Anthony Garotinho, que defende uma candidatura própria para a Presidência em 2006, o deputado disputou em fevereiro a liderança contra o José Borba (PR), que se licenciou do cargo na última terça-feira, após as acusações de que faria parte do suposto esquema do "mensalão".
Saraiva Felipe foi eleito líder da bancada peemedebista mas a decisão não foi reconhecida pelos governistas, que não compareceram à reunião.
Por causa disso, Borba continuou ocupando o espaço físico da liderança do PMDB, embora a Secretaria Geral da Mesa considerasse Saraiva Felipe como líder partidário.
Antes da escolha, governistas e oposicionistas patrocinaram filiações de deputados de outros partidos como forma de obter a maioria interna na legenda. Os governistas argumentam que houve vários deputados que votaram sem, porém, ter suas filiações ratificadas pelo partido.


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