São Paulo, sexta-feira, 07 de julho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TODA MÍDIA

Nelson de Sá

75% da América do Sul

Enfim, alguém defende o Mercosul. Lá na Espanha. Para o editorial "Reforçar o Mercosul", do "El País", "a América Latina precisa de instituições regionais" e "o Mercosul segue sendo a instituição mais promissora" -agora que "representa 75% do PIB da América do Sul e 250 milhões de pessoas":
- A adesão da Venezuela deve ser uma ocasião para reforçar este marco regional, ao qual agora aspira também ingressar a Bolívia.
Mas, atenção, "a integração não deve ser ideológica" e sim tratar de "fomentar o comércio e a competição".

economist.com/Reprodução
Os EUA sob pressão de latinos, europeus etc., na rodada Doha
MAIS UMA CHANCE

No editorial "Cambaleando a caminho do desastre", a nova "Economist" toca o alarme de que a rodada Doha de liberalização comercial "está morrendo de apatia" e "só George Bush poderá salvá-la". A "melhor e provavelmente última chance" é a reunião do G8 no fim de semana, quando o americano talvez, quem sabe, faça um anúncio "claro" de maior corte nos subsídios.
Para registro, a revista observa que "algumas grandes potências comerciais, notadamente o Brasil, finalmente parecem prontas para um acordo".

AOS TRIBUNAIS!
Na Folha Online, "Calderón vence eleição mexicana; Obrador recorrerá à Justiça".
Foi assim por toda parte, do canal BBC ao NYT.com, com o resultado e o recurso lado a lado. O efeito foi, novamente, confusão e pouco espaço de cobertura. Do título do blog do WP.com, "To the courts!".

COISAS POSITIVAS
Editoriais do pessimista "Financial Times" à otimista "Economist" já abordavam ontem "o fantasma da fraude eleitoral" ou então "as várias coisas positivas da eleição".
Para o jornal, "o resultado questionado seria a conclusão pior possível da campanha rancorosa"; aliás, "qualquer que seja, número substancial de mexicanos vai pensar que houve fraude". Para a revista, porém, "há todos os motivos para crer que a contagem foi honesta e que o recurso aos tribunais terá trato justo".

EM RESPEITO
Ontem no "Miami Herald", artigo de Marifeli Stable, do Inter-American Dialogue, que ecoa o establisment em Washington, foi pessimista:
- Só após Obrador acusar o sumiço das urnas se admitiu a sua existência. As autoridades eleitorais agora precisam atentar para sua credibilidade com atenção, em respeito aos 40 milhões que foram votar.

AMADURECENDO
Para registro, em sua edição toda otimista com a América Latina, a "Economist" avaliou ontem que "o tumulto não perdurou", na recente onda que atingiu os emergentes:
- Os investidores podem enfim estar amadurecendo. Após o pânico inicial, eles se tornaram mais seletivos. Por exemplo, a moeda brasileira se recuperou rapidamente. Nos dias contagiosos, dos efeitos tequila, o Brasil teria enfrentado venda em turba.

PELAS COSTAS

Foi primeira manchete do "Jornal Nacional", "Agentes penitenciários voltam a ser alvo". No "SPTV":
- Ângelo Martins, de 28 anos, levou oito tiros quando chegava à casa dele, na Liberdade. Estava a poucos metros e, apesar de ferido, conseguiu pedir ajuda.
Segundo a Jovem Pan, "ele foi baleado nas costas por desconhecidos". Segundo a rádio Bandeirantes, "a polícia não tem pistas dos criminosos".


Leia as colunas anteriores
@ - Nelson de Sá


Texto Anterior: Saiba mais: Ex-governador iniciou carreira política no MR-8
Próximo Texto: Dirceu não revela o que foi fazer na Bolívia
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.