São Paulo, segunda-feira, 07 de julho de 2008

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Eleição em SP será "pau a pau", avalia vice de Marta

Candidata inicia campanha com Aldo na zona leste

RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL

O deputado federal Aldo Rebelo (PC do B), candidato a vice-prefeito de São Paulo na chapa de Marta Suplicy (PT), previu uma disputa "pau a pau" pela prefeitura, ao comentar a última pesquisa Datafolha.
Sem bandeiras ou panfletos (a campanha diz que aguarda da Justiça Eleitoral a definição de um número de CNPJ para fazer os impressos), Marta e Aldo fizeram uma caminhada e assistiram às 10h de ontem, primeiro dia de campanha prevista em lei, a uma missa campal numa festa de rua em Ermelino Matarazzo (zona leste). Estavam acompanhados do senador Eduardo Suplicy (PT).
"A pesquisa indica uma eleição muito equilibrada, que será muito disputada até o fim. Há uma vantagem para as candidaturas mais conhecidas, que são naturalmente [Marta e Alckmin]. Mas não se pode subestimar a possibilidade do terceiro colocado. (...) Creio que é uma eleição que será disputada pau a pau", disse Aldo, em entrevista. A assessoria de Marta restringiu as perguntas da imprensa a apenas três.
A candidata fez um comentário protocolar sobre o Datafolha (38% contra 31% do segundo colocado, Geraldo Alckmin): "Recebi a pesquisa com humildade, alegria e muita vontade de trabalhar".
A missa, vista por cerca de 300 pessoas, foi celebrada pelo padre Antônio Marchioni, o Ticão, que é próximo do candidato Alckmin e anualmente distribui o prêmio de direitos humanos Mario Covas.
Marta circulou durante uma hora e meia entre as barracas da Festa das Nações. Tomou um caldo verde e comeu pães em "Portugal", bebeu "piña colada" no "Uruguai" e ajudou a fritar lingüiças no "Brasil".
Comprou uma boneca de pano por R$ 20 (pagos por um assessor) e a rifa de um carro por R$ 6, cujo bilhete doou em seguida para os vendedores. Na última hora, desmarcou almoço no "Brasil", alegando ter perdido o apetite após pães e caldo.
Maria Vitória Domingues, 61, responsável pela barraca portuguesa, pediu a Marta, sem sucesso, uma doação de R$ 1.000. Segundo ela, os 150 kg de bacalhau que seriam consumidos na festa custaram R$ 4.000, mas só foram arrecadados R$ 3.000. Indagada pelos jornalistas em quem votou na última eleição, Vitória barganhou: "Eu não voto, mas arrumo quem vota".
Marta foi abordada na rua pela copeira Carmen Maria Correa da Silva, 61, que procura emprego, segundo ela, há mais de seis meses. Ao falar com Marta, Carmen chorou. A copeira depois disse que a candidata nada prometeu, apenas comentou que a situação era "mesmo difícil".


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