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NOVA EQUIPE
Lula cancela viagem para reunir ministros
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para entrosar os novos integrantes do primeiro escalão e fazer um amplo debate sobre a atual
crise política, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva programou
para o final desta semana a 11ª
reunião ministerial de seu governo, a terceira deste ano.
O encontro com os ministros
está previsto para a tarde de sexta-feira e a manhã de sábado, na
Granja do Torto, atual residência
oficial da Presidência por conta
da reforma do Palácio da Alvorada. Como de tradição, o encontro
de sábado será seguido de um almoço de Lula com os ministros.
Por conta da reunião, Lula decidiu cancelar uma viagem que faria ao Rio Grande do Norte. Estaria sexta em Natal (capital do Estado) e sábado em Angicos, no interior do Estado.
Mesmo assim, manterá o atual
ritmo de viagens. Segunda estará
em Belo Horizonte (MG) e quarta-feira em Palmas e Peixes, ambas no Tocantins.
No final da semana, será a primeira vez que Lula reunirá sua
nova equipe após a reforma, a segunda de seu governo, anunciada
em meados do mês passado. Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia), Nelson Machado (Previdência) e Márcio Fortes (Cidades) serão os novatos do encontro.
No mês passado, em meio às negociações da reforma, Lula realizou uma rápida reunião com todos os ministros no Planalto. À
época, anunciou a entrada de três
novos nomes do PMDB no governo -Saraiva Felipe (Saúde), Silas
Rondeau (Minas e Energia) e Hélio Costa (Comunicações)- e fez
um duro desabafo contra as reportagens que mostravam denúncias contra seu filho.
No encontro, assim como disse
ontem a empresários durante
reunião no Palácio do Planalto,
Lula buscará desfocar a crise política das ações do governo. Deixará o recado de que as denúncias
de corrupção devem ser investigadas a fundo pelo Congresso,
mas que, diante disso, resta apenas ao governo a meta de tocar
seus programas prioritários.
Na semana passada, o presidente reuniu empresários e presidentes de confederações, em Brasília,
para discutir os efeitos do cenário
político na economia. Fez uma
análise otimista da situação e chegou a minimizar os efeitos das denúncias de corrupção que atingem o governo federal. Em resposta, os empresários pediram
mais ações do governo federal e
até o aprofundamento da ortodoxia econômica.
(EDUARDO SCOLESE)
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