São Paulo, sexta-feira, 07 de agosto de 2009

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69% dos deputados apoiam CPI contra Yeda

38 dos 55 congressistas assinaram documento, que ganhou adesão após pedido de afastamento da governadora feito pela Procuradoria

Tucana e outras oito pessoas foram denunciadas por improbidade administrativa; reunião de instalação da CPI deve ser realizada em agosto


FLÁVIO ILHA
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O requerimento que cria CPI para investigar denúncias de corrupção no governo de Yeda Crusius (PSDB), no Rio Grande do Sul, foi assinado ontem pela maioria dos deputados gaúchos. Foram 38 assinaturas, de um total de 55 deputados.
O documento, apresentado em maio pela deputada Stela Farias (PT), estava havia cerca de dois meses com 17 assinaturas -duas a menos do que o número mínimo de 19 adesões necessário para pedir a CPI.
As 21 assinaturas foram conseguidas entre quarta-feira e ontem, depois que o Ministério Público Federal anunciou que irá processar a governadora e outras oito pessoas por improbidade administrativa. Entre os denunciados estão os deputados estaduais Luiz Fernando Záchia (PMDB) e Frederico Antunes (PP), da base aliada da governadora. Ambos assinaram o requerimento da CPI.
Três dissidentes do PDT, partido que apoia Yeda, foram os primeiros a referendar a CPI, garantindo anteontem o número mínimo de assinaturas. Ontem, foi a vez dos nove deputados do PMDB, também aliados da tucana. Aderiram, ainda, três deputados do PTB, dois do DEM e seis do PP, todos da base aliada ao governo.
A reunião de instalação da CPI, segundo o presidente da Assembleia, Ivar Pavan (PT), deve ser realizada em agosto.
A bancada do PMDB reúne deputados governistas e de oposição. O líder do partido, Gilberto Capoani, disse que o PMDB não vai acusar nem defender ninguém na CPI. A sigla ocupa três secretarias na gestão Yeda e já anunciou que irá lançar candidato próprio ao governo do Estado em 2010.
Apesar disso, Capoani defendeu a permanência do partido no governo. "Seria irresponsável sair agora. O problema da governadora não é administrativo, é político", afirmou.
No governo, a estratégia é lutar pela indicação do vice-presidente ou do relator da CPI. Dos 12 deputados que farão parte da comissão, pelo menos 8 devem ser indicados por partidos aliados ao governo.
Os membros serão distribuídos de forma proporcional às bancadas. A presidência ficará com Stela Farias, autora do pedido de CPI. O prazo de apuração é de 120 dias, prorrogáveis por mais 60.
O presidente da Assembleia informou que enviou requerimento à juíza federal Simone Barbisan Fortes, que irá analisar o pedido feito pela Procuradoria sobre o envio das provas que fazem parte do inquérito da Operação Rodin. A operação da PF investigou fraudes de R$ 44 milhões no Detran-RS, que resultou num processo criminal contra 40 pessoas.


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