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69% dos deputados apoiam CPI contra Yeda
38 dos 55 congressistas assinaram documento, que ganhou adesão após pedido de afastamento da governadora feito pela Procuradoria
Tucana e outras oito pessoas foram denunciadas por improbidade administrativa; reunião de instalação da CPI deve ser realizada em agosto
FLÁVIO ILHA
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM PORTO ALEGRE
O requerimento que cria CPI
para investigar denúncias de
corrupção no governo de Yeda
Crusius (PSDB), no Rio Grande
do Sul, foi assinado ontem pela
maioria dos deputados gaúchos. Foram 38 assinaturas, de
um total de 55 deputados.
O documento, apresentado
em maio pela deputada Stela
Farias (PT), estava havia cerca
de dois meses com 17 assinaturas -duas a menos do que o número mínimo de 19 adesões necessário para pedir a CPI.
As 21 assinaturas foram conseguidas entre quarta-feira e
ontem, depois que o Ministério
Público Federal anunciou que
irá processar a governadora e
outras oito pessoas por improbidade administrativa. Entre os
denunciados estão os deputados estaduais Luiz Fernando
Záchia (PMDB) e Frederico
Antunes (PP), da base aliada da
governadora. Ambos assinaram o requerimento da CPI.
Três dissidentes do PDT,
partido que apoia Yeda, foram
os primeiros a referendar a
CPI, garantindo anteontem o
número mínimo de assinaturas. Ontem, foi a vez dos nove
deputados do PMDB, também
aliados da tucana. Aderiram,
ainda, três deputados do PTB,
dois do DEM e seis do PP, todos
da base aliada ao governo.
A reunião de instalação da
CPI, segundo o presidente da
Assembleia, Ivar Pavan (PT),
deve ser realizada em agosto.
A bancada do PMDB reúne
deputados governistas e de
oposição. O líder do partido,
Gilberto Capoani, disse que o
PMDB não vai acusar nem defender ninguém na CPI. A sigla
ocupa três secretarias na gestão
Yeda e já anunciou que irá lançar candidato próprio ao governo do Estado em 2010.
Apesar disso, Capoani defendeu a permanência do partido
no governo. "Seria irresponsável sair agora. O problema da
governadora não é administrativo, é político", afirmou.
No governo, a estratégia é lutar pela indicação do vice-presidente ou do relator da CPI.
Dos 12 deputados que farão
parte da comissão, pelo menos
8 devem ser indicados por partidos aliados ao governo.
Os membros serão distribuídos de forma proporcional às
bancadas. A presidência ficará
com Stela Farias, autora do pedido de CPI. O prazo de apuração é de 120 dias, prorrogáveis
por mais 60.
O presidente da Assembleia
informou que enviou requerimento à juíza federal Simone
Barbisan Fortes, que irá analisar o pedido feito pela Procuradoria sobre o envio das provas
que fazem parte do inquérito
da Operação Rodin. A operação
da PF investigou fraudes de R$
44 milhões no Detran-RS, que
resultou num processo criminal contra 40 pessoas.
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