São Paulo, sexta-feira, 07 de agosto de 2009

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Cangaço

Na Folha Online, fim do dia, o alagoano Renan Calheiros chamou o cearense Tasso Jereissati de "coronel cangaceiro". No UOL, também manchete, "Tasso chama Renan de cangaceiro". O G1 optou por um contido "Bate-boca interrompe sessão". O "Jornal Nacional", também, "Tensão no Congresso. Senadores voltam a se atacar. Os contrários e os favoráveis ao presidente da casa, José Sarney".
Nos vários sites e portais, os enunciados foram aos poucos trocados por "assista", "veja discussão", com links de vídeo. O que evitou os relatos inclinados para um lado e outro do "cangaço".

UMA CPI
Até o "cangaço", sites e portais apresentavam nova prioridade, com manchetes como "Oposição acusa relator da CPI da Petrobras de favorecer o governo" e "CPI da Petrobras aprova plano que adia temas polêmicos".

OUTRA CPI
Também não ficou sem atenção uma outra vertente de noticiário, em enunciados menores, mas também destacados, como "PMDB assina pedido de CPI contra Yeda Crusius", a governadora gaúcha do PSDB.

BOA VIZINHANÇA
O "JN" achou por bem ressaltar, nas manchetes, que "o presidente da Colômbia vem explicar ao presidente Lula o acordo militar com os Estados Unidos". A agência britânica Reuters despachou depois o título "Uribe ganha respeito do Brasil, que pede transparência". No colombiano "El Tiempo", "Brasil considera acordo militar com EUA uma questão soberana da Colômbia".
A nova "Economist" tratou do esforço de Álvaro Uribe sob o enunciado "Bazucas e bases", com as acusações de lado a lado entre Colômbia e Venezuela, encerrando com um conselho a Lula e demais: "Até que consiga a cooperação ativa de todos os seus vizinhos no combate às Farc e a outros traficantes de drogas, a Colômbia vai concluir que precisa do apoio americano".

RACHAS
A agência americana Associated Press despachou e o "New York Times" postou os primeiros "rachas no apoio local" ao governo instalado em Honduras. Elvin Santos, um dos favoritos à eleição presidencial, declarou à televisão hondurenha: "Eu vou para todos os cantos do país para explicar que eu não tomei, de maneira nenhuma, parte nos eventos de 28 de junho", dia do golpe.

CONTATOS
O "Washington Post" deu longa reportagem de capa, questionando como os "contatos especiais" de Bill Clinton "ajudaram na missão" à Coreia do Norte. O assessor de Segurança Nacional de Obama, Jim Jones, até anteontem no Brasil, pediu sua participação. Ele entrou então com um jatinho da Dow Chemical, depois um Boeing do produtor de Hollywood Steve Bing etc.

PRÉ-SAL LÁ
wsj.com
Lula ontem no "WSJ"

O "Wall Street Journal" de papel destacou ontem que o "Brasil deve controlar a recente descoberta de petróleo", reportagem do correspondente Antonio Regalado, que abre dizendo que "uma proposta do governo para explorar as descobertas gigantes em águas profundas propõe controle estatal direto e deve dar papel-chave à companhia Petróleo Brasileira S.A.", a Petrobras.
O texto registra que "alguns acreditam que o plano subestima as dificuldades de descobrir petróleo" e cita a Exxon, que diz não ter encontrado "quantidade comercial" num poço. Fecha observando que, "se a proposta se mantiver até o fim, não se espera que caia bem junto às grandes companhias de petróleo".

"WSJ" QUER CANA
Em editorial publicado ontem, o "WSJ" questionou Barack Obama por ceder à pressão de um senador por Iowa e enviar mensagem afirmando que vai manter a tarifa sobre importação do etanol de cana do Brasil. O jornal questiona que, para ter o voto do senador para sua reforma da saúde, o presidente obrigue o cidadão americano a pagar pelo etanol mais caro e sem concorrência, de milho.

"WP" QUER CANA
Também o "WP" deu editorial em defesa da importação do etanol brasileiro, que quase levou o senador de Iowa a impedir a indicação do novo embaixador no Brasil. O jornal avisa que a taxa "irrita a relação com o Brasil, gigante democrático em crescimento com o qual os EUA têm forte relação política e econômica". A norma que estabeleceu a tarifa "expira em 2010", daí as críticas a Obama.

TESTE DE FOGO
economist.com
A "Economist" acompanhou experiência que vem sendo realizada em Mato Grosso, com estudiosos estrangeiros queimando a floresta tropical para demonstrar os efeitos das queimadas. Que até aqui "são preocupantes". Árvores maiores sobrevivem, mas não as demais. Visa convencer os fazendeiros a conter as queimadas para plantio

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