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Candidatos obtêm suas menores taxas de "ótimo/bom" depois de trocar ataques, diz pesquisa
Após "tiroteio", cai aprovação a programas de Serra e Ciro
RENATO FRANZINI
DA REDAÇÃO
Os programas na TV dos candidatos José Serra (PSDB) e Ciro
Gomes (PPS) obtiveram nesta semana seus mais baixos níveis de
aprovação desde o início do horário eleitoral gratuito, de acordo
com rastreamento feito por telefone pelo Datafolha.
A queda nas taxas de aprovação
dos dois coincide com o acirramento da troca de ataques entre
eles, com Ciro aumentando consideravelmente o tempo que usa
para criticar o adversário.
Aos números: o programa exibido por Ciro no dia 29 de agosto
-o último antes de intensificar
os ataques- foi avaliado como
ótimo ou bom por 66% dos entrevistados. Nos três dias seguintes
de exibições, as aprovações a seu
programa caíram para 56% e 45%
até atingir 42% na quinta-feira,
dia 5 (veja quadro ao lado).
No caso de Serra, sua taxa mais
baixa de "ótimo/bom", 52%, foi
na terça-feira, dia 3. Seu programa de quinta -que abrandou os
ataques- teve aprovação de
63%. A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais
ou para menos.
Desde o início do horário eleitoral, Serra gasta o trecho final de
seu programa com algum ataque
a Ciro. Na terça e na quinta, exibiu
foto de Ciro com o ex-presidente
Fernando Collor de Mello, traçando semelhanças entre os dois.
Ciro, cujo programa vem na sequência do de Serra, passou a gastar um longo trecho do início de
seu tempo na TV para atacar a
proposta de criação de 8 milhões
de empregos feita pelo tucano.
Nesses dias, a aprovação à propaganda de Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) manteve-se acima 70%;
no caso de Anthony Garotinho
(PSB), ele atingiu seu pico, 52%.
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