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PARANÁ
Presidenciável optou pelo palanque do candidato do PDT
Preterido, PPS estadual ameaça retirar apoio à candidatura Ciro
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
A direção do PPS do Paraná
ameaça lançar um manifesto retirando apoio ao candidato do partido à Presidência, Ciro Gomes. A
articulação da declaração de rebeldia foi confirmada anteontem
pelo secretário-geral do PPS no
Estado e membro da executiva
nacional do partido, Rubens de
Camargo Penteado.
Segundo o dirigente, a atitude
não tem relação com a queda de
Ciro nas pesquisas. A reação seria
derivada da falta de prestígio dado pelo presidenciável ao candidato do PPS ao governo do Paraná, deputado federal Rubens Bueno. Ciro tem optado por subir no
palanque do senador Alvaro Dias
(PDT), líder nas pesquisas.
"A situação está ficando insustentável. O Ciro não está sendo
correto com os companheiros, e a
candidatura do partido no Paraná
não está sendo respeitada", afirmou Penteado. Ele disse que o
mais provável é que cerca de 40
candidatos do PPS a deputado estadual e federal manifestem independência em relação à sucessão
presidencial.
A direção estadual trata de não
envolver Bueno diretamente na
briga. Apesar de ocupar a presidência do partido no Paraná, ele
tem se esquivado do assunto. A
candidatura de Bueno sofre de
falta de respaldo popular. Na pesquisa do Ibope da última semana
de agosto, ele teve 1% das intenções de voto. Alvaro obteve 32%.
"A opção de Ciro por Alvaro é
oportunista", disse Penteado. Segundo ele, em nenhum momento
o presidenciável deixou clara sua
preferência pelo candidato do
PDT. "E nós nunca escondemos
dele que não integraríamos a
aliança com Alvaro".
Segundo Penteado, "a banda
podre da Frente Trabalhista está
no Paraná". Ele citou o presidente
nacional do PTB, José Carlos
Martinez, e o candidato pedetista
como exemplos. O PTB de Martinez integra a aliança de Alvaro.
Dela também faz parte o PPB.
Para o secretário-geral, seria essa união a causa de Ciro ser o detentor do maior índices de rejeição no Sul. "O Paraná sabe quem
são Martinez e Alvaro", afirmou.
A Agência Folha tentou ouvir
Ciro sobre o assunto, mas sua assessoria declarou que ele não não
faria comentários.
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