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São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2003

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7 DE SETEMBRO

Comemoração em Brasília terá atletas, pára-quedistas e o próprio presidente como principais atrativos

Lula tenta hoje popularizar Independência

WILSON SILVEIRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O primeiro Sete de Setembro do governo Lula, hoje, será "o maior espetáculo que Brasília já viu", conforme os 60 mil panfletos distribuídos nos últimos dias no Distrito Federal pela Secom (Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica).
Além dos panfletos, foram utilizadas na convocação mensagens em jornais, no rádio e na televisão -no último caso, estreladas pelo tenista Fernando Meligeni enrolado numa bandeira do Brasil.
Entre as "atrações" listadas nos panfletos estão "a presença do presidente da República" e "o desfile dos heróis do Pan". A comemoração começa às 9h, com a chegada do presidente Lula.
A expectativa do governo é reunir de 30 mil a 60 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. A intenção é ampliar a festa a cada ano, transformando-a num evento "popular" -em contraste com o caráter militar que assumiu desde os governos militares.
Segundo o Ministério da Defesa, em termos de diversificação de atrações, esta será a maior comemoração da data já realizada. Participarão do desfile 6.000 militares -o dobro dos anos anteriores.
Ao chegar ao palanque, Lula assistirá ao salto de pára-quedistas carregando uma bandeira do Brasil aberta, que será entregue ao presidente para ser hasteada. Depois disso, começará o desfile.
O desfile militar vai incluir uma pirâmide humana sobre moto e a exibição dos diversos tipos de veículos das três Forças.
Além de alunos de escolas de Brasília, o desfile vai contar com a presença de 142 atletas que participaram dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo.
A infra-estrutura da festa (palanques, arquibancadas, cercas metálicas, faixas nos ministérios, som e cem banheiros químicos) custou R$ 980 mil.
A quantia não inclui as despesas das Forças Armadas nem o gasto com divulgação (60 mil panfletos, 20 mil adesivos e mensagens no rádio e na TV) e "brindes" (30 mil bandeiras e 5.000 bonés).
O custo da festa foi criticado pelo líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). Ele sugeriu que o dinheiro fosse gasto no programa Fome Zero.
Questionado sobre o que tinha a dizer a respeito disso, o ministro José Dirceu (Casa Civil) foi categórico: "Absolutamente nada".



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