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FOLHA, EM PRESIDENTE PRUDENTE

A ouvidora agrária nacional substituta, Maria de Oliveira, 52, afirmou ontem que os líderes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) José Rainha Jr. e Felinto Procópio dos Santos, o Mineirinho, são ""presos políticos" e que a transferência dos dois para o presídio de Presidente Bernardes não significa mais segurança aos detentos.
""Rainha corre risco em qualquer presídio. A transferência de penitenciária não dá nenhuma segurança, pois, por serem presos políticos, estão sujeitos a qualquer ação", afirmou. De acordo com a ouvidora, ""a prisão deles é perseguição do Poder Judiciário com objetivo de desmobilizar as ações de formação de acampamentos no Pontal do Paranapanema".
Rainha e Mineirinho foram presos preventivamente no dia 11 de julho, acusados de furto e formação de quadrilha durante invasão, em junho de 2000, à Fazenda Santa Maria, em Teodoro Sampaio, cidade localizada no interior de São Paulo, a oeste do Estado.
A prisão foi decretada pelo juiz Atis de Araújo Oliveira logo após Rainha ter participado de uma audiência no fórum da cidade.
À época, a liderança do movimento classificou o ato como uma ""arapuca jurídica" por Rainha nunca deixar de comparecer a audiências. Dezenove dias depois da prisão, o juiz Oliveira condenou o líder do movimento a dois anos e oito meses de prisão por porte ilegal de arma. O magistrado, que não concede entrevistas por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo, é acusado por lideranças de ""criminalizar" o MST.



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