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Painel
Cai um tabu
Pela primeira vez em 17 anos, o
Exército aceitou fazer acordo
técnico de prevenção da Aids
com o Ministério da Saúde. O
plano, de R$ 3,7 mi, atenderá 140
mil militares de carreira, 70 mil
recrutas e 800 mil alistados.
Últimas trincheiras
Por enquanto, o programa de
prevenção da Aids atingirá apenas o Exército, que já registra
483 casos da doença. A Saúde negocia também com a Marinha
(527 casos) e a Aeronáutica (127
casos), ambas ainda reticentes.
Trilha pioneira
A parceria com o Exército permitirá que a Saúde interiorize a
prevenção da Aids. A idéia é levar o programa às populações de
fronteira (índios, por exemplo),
onde a doença tem se expandido.
O acordo será anunciado hoje.
Dispensa antecedentes
O inchaço do PFL e do PSDB,
que viraram as maiores siglas da
Câmara, antecipa uma boa briga
de 99: presidência da Casa, comissões e relatorias importantes. O pefelista Inocêncio tem jogado pesado pela presidência.
Arena em crise
O PSDB hoje não teria um nome de expressão para disputar a
presidência da Câmara, caso se
torne a maior bancada em 98. O
líder Aécio Neves quer, mas não
é levado a sério. Uma boa aposta
é o mineiro Pimenta da Veiga,
que tenta voltar à Casa em 98.
Em ponto de bala
Milton Seligman (Incra) diz
que está "madura" a criação do
primeiro Conselho Estadual de
Reforma Agrária. É o de São
Paulo, que pode sair logo para
tratar do Pontal do Paranapanema. Zé Rainha (MST) apóia.
Só na promessa
O senador Amin (PPB-SC) tem
sugestão de slogan para os marketeiros de FHC, que temem que
a população tenha se acostumado ao Real e queira mais: "Chega de real, queremos sonhos".
Resistência na base
Até alguns cartolas interessados em derrubar a Lei Pelé estão
pressionando o líder do PMDB,
Geddel Vieira Lima, a não indicar Marquinho "Bingo" Chedid
para a comissão. Pegaria tão mal
que acabaria atrapalhando.
Efeito opinião pública
Michel Temer designou três
relatores para que a Câmara vote
ainda amanhã o projeto que acaba com o Instituto de Previdência dos Congressistas. Cada um
representa uma da três comissões que precisam dar aval à proposta, que retornou do Senado.
Público cativo
Escaldada com as fracassadas
greves gerais, a CUT organiza
para o dia 22 a 1ª paralisação total do funcionalismo federal no
governo. Sem aumento há mil
dias, os servidores pedem 54%.
Passo fundamental
A Câmara vai instalar uma comissão especial na semana que
vem para discutir uma reforma
política para 2002. "A dança dos
partidos mostrou que isso é imprescindível", diz Michel Temer.
De volta ao passado
Apesar de a plataforma da
frente PT-PDT-PSB-PC do B para 98 já estar na 4ª versão, um
item é "imexível": na Educação,
o modelo é o Ciep, de Brizola.
Acreditou em Papai Noel
Maluf tenta nova conversa
com FHC porque está incomodado com Serjão. O pepebista
andou dizendo que o presidente
pedira ao ministro das Comunicações para pegar leve com ele.
Opção pelo 2º escalão
O tucano Sérgio Moreira, que
assume hoje a secretaria-executiva do Ministério do Meio Ambiente, deve ser o titular da pasta
a partir de janeiro, quando Gustavo Krause (PFL) sai para disputar uma vaga na Câmara.
Ninguém viu
Paulo Bernardo (PT) reclama,
em tom de gozação, que a bancada na Câmara não foi informada
de nenhuma linha do programa
dos partidos de oposição. "De
repente, tô fazendo o discurso
errado e quero corrigir."
Visita à Folha
O presidente da Embratur
(Instituto Brasileiro de Turismo), Caio Luiz de Carvalho, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado do chefe de gabinete,
Antônio Carlos Carneiro.
TIROTEIO
De Padre Roque (PT-PR), para
quem FHC encontra Covas ultimamente para "escamotear"
um suposto acordo com Maluf:
- O Covas não é bobo de entrar nessa. Sabe que FHC é igual
a marido que trai. Em público, é
fiel à mulher oficial. Às escondidas, dá preferência à amante.
CONTRAPONTO
Evento tipicamente tucano
A cerimônia de inauguração
da fábrica de automóveis da
Honda, ontem, em Sumaré (SP),
contou com a presença da alta
cúpula do tucanato.
Estiveram presentes os dois
políticos mais importantes do
partido, o presidente Fernando
Henrique Cardoso e o governador de São Paulo, Mário Covas.
Na hora de descerrar o pano
que cobria a placa de inauguração, ocorreu uma cena que ilustra a folclórica imagem de que o
PSDB está sempre no muro.
O pano tinha quatro cordas.
Cada um dos quatro mais ilustres participantes puxaria uma
delas. FHC pegou em uma ponta. Covas noutra. O presidente
da Honda mundial também. E o
presidente da Honda brasileira
segurou a última ponta.
Eles ficaram vários segundos
trocando olhares, sem que alguém tomasse a iniciativa. Coube a FHC descer do muro:
- Bem, pessoal... vamos lá.
Um, dois e três - disse o presidente.
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