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Racha na direção do Sebrae-SP expôs fraude
DA REPORTAGEM LOCAL
As irregularidades no pedaço
paulista do Brasil Empreendedor
vieram à tona porque houve um
racha no comando do Sebrae-SP.
O superintendente da entidade,
Fernando Leça, foi destituído pelo
conselho deliberativo no começo
de setembro e só foi reintegrado
ao cargo por meio de liminar conseguida na Justiça.
A Folha procurou Fábio Meirelles por mais de uma semana, mas
ele não encontrou tempo na agenda para atender a reportagem.
Fernando Leça também não quis
conversar sobre o assunto.
Ninguém fala abertamente sobre o conflito, mas nos bastidores
um lado acusa o outro de operar o
Sebrae com interesses particulares. Em jogo, uma estrutura que
tem 820 funcionários, 38 escritórios espalhados pelo Estado de
São Paulo e um orçamento de R$
110 milhões para gastar neste ano.
Fernando Leça, indicado para o
cargo pelo governador Mário Covas, está no Sebrae desde 1999. A
ala que deseja vê-lo fora da entidade afirma que ele teria turbinado o Brasil Empreendedor com
interesse eleitoreiro. Deputado
estadual duas vezes nos anos 80,
ele teria a intenção de se candidatar novamente no ano que vem.
O pessoal de Leça, por sua vez,
diz que o problema do superintendente é Fábio Meirelles, presidente da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo, que assumiu neste ano a presidência do
Sebrae. Meirelles, segundo essa
versão, tenta afastar Leça para comandar sozinho o Sebrae.
Uma das críticas mais frequentes ao presidente do conselho é o
fato de ter empregado o filho, Tirso Meirelles, como chefe de gabinete. Nessa função, Tirso recebe
R$ 7.023,00 por mês do Sebrae.
Outra queixa contra Meirelles é
a de que ele, ao tomar posse, mandou desocupar um andar inteiro.
Teria deslocado 27 funcionários
para ter um andar só para ele, o filho e duas secretárias.
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