São Paulo, quarta-feira, 07 de novembro de 2001

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PAINEL

Ninho inquieto
Preocupados com o crescimento de Roseana Sarney (PFL) nas pesquisas, alguns tucanos estão defendendo a antecipação da definição do nome do candidato do PSDB a presidente. O lançamento é previsto pela cúpula para o mês de março.

Trono ameaçado
Dante de Oliveira (MT) é um dos principais defensores da tese de apressar a escolha. O governador diz que em política não existe espaço vazio. "Quem tem três ou quatro candidaturas não tem nenhuma."

Liberdade de ação
A direção do PFL avalia hoje que a queda de ACM no cenário nacional foi fundamental para a estratégia de lançar Roseana. Com ACM forte, toda decisão passaria por ele. E ninguém esquece que o ex-senador chegou a pensar em lançar seu nome.

Tese botânica
O deputado Xico Graziano (PSDB-SP) recorreu à agronomia, sua especialidade, para ironizar o desempenho de Roseana nas pesquisas: "Uma planta que recebe muito adubo cresce rápido. Mas torna-se frágil, sujeita a pragas e doenças".

Laboratório pefelista
Quando decidiu concentrar esforços no lançamento da candidatura de Roseana, a cúpula do PFL não tinha certeza de que o seu nome emplacaria. Se não desse certo, o partido faria uma nova tentativa com o prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia.

Sinais de rachadura
Nem todos os tucanos são irredutíveis quando o assunto é candidatura própria do PSDB. Narcio Rodrigues, vice-líder do partido na Câmara, diz que o importante é vencer a eleição e manter a filosofia do governo FHC: "Com PFL, PMDB ou PSDB na cabeça da chapa".

Plano de pé
O PMDB governista não desistiu de tentar adiar as prévias do partido, marcadas para janeiro. Só não sabe como fazer. Teme que a mudança da data possa ser interpretada como um golpe contra a candidatura Itamar.

Outra hora
Não haverá a reunião entre Michel Temer, presidente do PMDB, e Itamar Franco, prevista para hoje em São Paulo. Temer ficará em Brasília.

Promessa é dívida
Depois de dormir desde abril na gaveta de Geraldo Brindeiro, o caso do senador Luiz Otávio, acusado de desviar recursos do BNDES, pode voltar a andar. A assessoria do procurador-geral diz que o parecer de Brindeiro deverá ser enviado ao Supremo Tribunal Federal na sexta.

Dia seguinte
Erundina (PSB) aguarda há 15 dias uma resposta de Marta sobre um pedido de audiência feito pela ex-prefeita. Na campanha de 2000, diz-se no PSB, a história era outra. "Erundina é uma pessoa muito importante na cidade. O engajamento dela fará diferença, sim", dizia Marta.

Tema de campanha
O programa de TV do PTB, a ser exibido no próximo dia 29, terá como foco a reforma tributária. Um dos temas preferidos de Ciro Gomes (PPS).

40 anos depois
Os jornalistas Paulo Markun e Duda Hamilton lançam hoje na livraria Fnac, em SP, o livro "1961 - Que as Armas não Falem", pela editora Senac-SP. A obra aborda o período que abrange da renúncia de Jânio Quadros à posse de Jango.

Visitas à Folha
Jacques Marcovitch, reitor da USP (Universidade de São Paulo), visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço.
 

Milú Villela, presidente do Comitê Brasileiro do Ano Internacional do Voluntário da ONU, visitou ontem a Folha. Estava acompanhada de Luís Norberto Pascoal, coordenador estratégico do comitê.

TIROTEIO

Do presidente do PFL de São Paulo, Cláudio Lembo, comparando a candidatura Lula (PT) à do sandinista Daniel Ortega, que foi derrotado em sua terceira tentativa de voltar à Presidência da Nicarágua:
- Lula é o Daniel Ortega do Brasil. E não é o momento dos Ortegas na política mundial.

CONTRAPONTO

Campanha na rua

Há 20 dias, o deputado federal José Genoino (PT-SP), candidato já escolhido pelo partido ao governo de São Paulo, ia de carro a Campinas (SP) para participar de um debate com o então outro pré-candidato do PT, o deputado estadual Renato Simões, quando enfrentou um problema na estrada.
O motor do carro que Genoino dirigia, seu Santana ano 97, pifou no primeiro pedágio da rodovia Bandeirantes. Teve de pedir socorro, pelo telefone celular, a um motorista de táxi de Campinas. O deputado chegou ao local do debate com uma hora e meia de atraso.
Na chegada, os jornalistas cercaram o deputado para saber o que tinha acontecido. Ele explicou, para logo emendar:
- Mas o pior não foi isso. Eu não tinha nem dinheiro para o táxi...
Genoino diz que pagou o motorista dias depois. Setenta reais.


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