São Paulo, quarta-feira, 07 de novembro de 2007

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Toda Mídia

Nelson de Sá

Polícia Federal
Nas páginas iniciais, as imagens feitas pela própria PF, de dinheiro apreendido na Kaspar 2

Seis ou mais

Rodando ao longo da tarde e noite pelos telejornais, canais de notícias, rádios e sites, foi possível contar seis operações da Polícia Federal, todas ontem. Seus nomes: Kaspar 2, Mecenas, Cartão Vermelho, Rodin, Calcanhar de Aquiles e Vento Sul. O espetáculo agora fragmentado confundiu a cobertura, que conseguiu destacar uma foto do dinheiro na web, da primeira, e imagens da prisão de um cartola na TV, da terceira. Do "JN", procurando não errar, "Corruptos das mais variadas espécies são presos em diversas operações".
Sob nova direção, a PF agora também evita divulgar nomes, ao menos de um dos supostos esquemas, o dos "bancos suíços". A identificação do diretor do UBS preso, a exemplo do que aconteceu no caso da Cisco, mobilizou os sites e blogs e, no exterior, a Bloomberg.

ESQUADRÕES DA MORTE
Outra operação que ecoou, ao menos no exterior, foi em Pernambuco, da polícia estadual. No título de Raymond Colitt na agência Reuters, "Brasil desbarata esquadrões da morte depois de onda de assassinatos". Entre os 34 presos, "policiais, advogados e comerciantes". A operação "coincide com visita esta semana do Relator de Execuções Extrajudiciais da ONU", para verificar torturas e mortes.

ETANOL DO BEM
Começou uma reação às críticas ao etanol. Ontem em artigo no "Financial Times", diretor de Harvard destacou que são "claros" os impactos positivos da bioenergia na economia global, "inclusive a redução do poder da Opep de definir preços" e até "o fim do protecionismo agrícola".

E DO MAL
Por outro lado, o Credit Suisse fez relatório e o "Wall Street Journal" noticiou que os preços agrícolas devem seguir em alta pela demanda global crescente por alimento -e por estarem se tornando "mais centrais ao mercado de energia", também global.

PISTÕES NOVOS
Sob o título "Novos pistões estão dirigindo o crescimento global", coluna do "WSJ" de ontem tomou a valorização da PetroChina por confirmação de que "os chamados Brics, Brasil, Rússia, Índia e China", é que poderão agora salvar os EUA "da lama" de sua crise financeira -e não o contrário, como "costumava ser".
Se o quadro se confirmar, arrisca, "terão mais voz nos negócios financeiros globais".

APOSTA E RISCO
Já o "FT" tratou em coluna da "aposta do Santander no Brasil", país que "pode ser o queridinho emergente, mas ainda traz considerável risco".

dealbreaker.com
Gisele em foto num blog de Wall Street

GISELE & BEN
A suposta rejeição do dólar por Gisele Bündchen correu mundo, ontem. Foi tema do blog dos editores da "Foreign Policy" ao popularesco "Sun", mais o "New York Times", o "Guardian", a "Vogue" etc. Ela se viu atacada até por âncora da republicana Fox News.
Mas o melhor foi o editorial do "WSJ", "Gisele dá fora em Ben". "Ben Bernanke é homem casado", abre o texto, "mas, se não fosse, ao menos uma mulher não ia querer saber dos charmes de sua política no Fed: Gisele Bündchen". Ser "desprezado por modelos" é "sinal sinistro" ao dólar.
O que causou tal repercussão foi texto da Bloomberg, a partir de nota de Lauro Jardim, dois meses atrás. O canal CNBC ouviu da agente de Gisele que a história é "falsa" e "algum idiota no Brasil deu algo só para fazer notícia".


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@ - Nelson de Sá


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