|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
QUESTÃO AGRÁRIA
Grupo ligado ao MST teria matado bois e cães
PM acusa sem-terra de destruírem casas em fazenda invadida em MG
FREE-LANCE PARA A
AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
As cerca de 120 famílias de sem-terra ligados ao MST que invadiram uma fazenda no norte Minas
destruíram mais uma casa na tarde de ontem, segundo a Polícia
Militar. O grupo teria ainda matado dois bois, para fazer um churrasco, e dois cães da raça rottweiler, que faziam a segurança da
propriedade.
Desde que os invasores entraram na fazenda, 22 empregados
foram expulsos do local, três propriedades foram destruídas, sete
animais morreram e máquinas
foram destruídas.
A fazenda Caatinga, na cidade
de São Francisco, foi invadida na
segunda-feira passada por um
grupo do MST (Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra), segundo o Iter (Instituto de
Terras de Minas Gerais). O movimento não comentou o caso.
A ação teria sido planejada depois que o próprio instituto divulgou laudo, mostrando que a propriedade era devoluta.
Segundo o capitão Francisco
Nunes, 35, que comanda as negociações com os sem-terra na Caatinga, a Justiça enviou ontem à
corporação um mandado de reintegração de posse.
Agora, afirma Nunes, a PM está
estudando a forma de retirar os
invasores do local. "O clima está
tranquilo", disse Nunes.
Na Bahia, a Justiça de Itabela
marcou para a próxima segunda-feira a reintegração de posse da
fazenda Jacarandá, invadida em
outubro por cerca de 120 famílias
de integrantes do MST.
No final da tarde de ontem, os
lideres do MST foram notificados
da decisão judicial, e a Polícia Militar informou que eles têm um
prazo de 48 horas para deixar a
propriedade de 417 hectares.
Invasões
O MST promete intensificar a
partir de janeiro sua cobrança sobre Luiz Inácio Lula da Silva para
que ele lute pela federalização dos
julgamentos de crimes provenientes de conflitos agrários.
Para o MST, nas palavras de seu
principal ideólogo, João Pedro
Stedile, os petistas precisam encontrar um caminho urgente, por
meio de medidas provisórias ou
votações tanto na Câmara como
no Senado, para retirar os casos
das instâncias estaduais, revogando assim a decisão do julgamento
de Eldorado do Carajás (PA).
"Vamos cobrar o presidente Lula
desde o início de seu mandato.
Queremos agilidade para reparar
essa impunidade", declarou Stedile, ontem, em São Paulo.
Colaboraram a Agência Folha e a Agência Folha, em Salvador
Texto Anterior: São Paulo: Justiça cassa residência eleitoral de deputado federal eleito pelo Prona Próximo Texto: Tocantins: Procurador é acusado de compra ilegal de 18 lotes Índice
|